O primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, declarou estado de emergência no país neste sábado (14), horas depois do terremoto que foi registrado no sul do território e que deixou centenas de mortos, além de grande quantidade de danos materiais. O governo decidiu nesta manhã (pela hora local) declarar o estado de emergência durante um mês, após esta catástrofe", afirmou em entrevista coletiva o premiê, que assumiu o cargo em 20 de julho, 13 dias após o assassinato do presidente do país, Jovenel Moise. "A terra tremeu. Tremeu, especialmente, no sul e nos Nippes e deixou muitos danos. As primeiras informações nos fazem acreditar que há muitos feridos, que há muitos mortos e casas derrubadas. Há muita gente debaixo dos escombros, principalmente em hotéis e locais de culto", explicou Henry. Mais cedo, o primeiro-ministro havia classificado a situação do Haiti após o terremoto como "dramática". Henry recomendou que a população não entre em pânico e seja solidária. Além disso, garantiu que "toda a estrutura governamental e da Defesa Civil está mobilizada" nas regiões afetadas. O premiê ainda pediu para que haja atenção com as precauções, devido a possibilidade de réplicas do terremoto com magnitude de 7,2 graus na escala Richter, registrado às 8h29 pela hora local (9h29 de Brasília), a cerca de 12 quilômetros da localidade de Saint-Louis du Sud, com o epicentro de dez quilômetros de profundidade. A Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos EUA (NOAA), emitiu um alerta de tsunami para a costa de Porto Príncipe, além do sul e sudoeste do Haiti, que foi retirado posteriormente, a partir do fim da ameaça. O tremor chegou a ser sentido também na República Dominicana e em Cuba, tendo uma réplica com magnitude de 5,2 graus, a 17 quilômetros da localidade de Chantal.