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Snowden reaparece na televisão russa para fazer pergunta a Putin

O presidente responde perguntas dos cidadãos durante o tradicional programa "Linha Direta"

Internacional|Do R7, com agências internacionais


Putin aparece na televisão para programa anual de perguntas e respostas
Putin aparece na televisão para programa anual de perguntas e respostas

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, classificou nesta quinta-feira de "grave crime" o uso da força militar por parte do governo de Kiev contra os manifestantes pró-Rússia que se revoltaram no sudeste da Ucrânia.

"Enviaram tanques e aviação contra a população civil. Isto é outro grave crime dos que hoje governam em Kiev", disse Putin ao vivo pela televisão ao começar o tradicional programa "Linha Direta", no qual responde pergunta dos cidadãos. 

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O chefe do Kremlin argumentou que as autoridades de Kiev, ao invés de tomar consciência de que "algo anda mal no Estado ucraniano e de tentar dialogar, redobraram suas ameaças de atuar com a força" contra a população civil. 

Putin rejeitou de maneira categórica e qualificou de "bobagem" as acusações de Kiev e do Ocidente sobre a participação de militares e agentes dos serviços secretos russos nos eventos no sudeste da Ucrânia.


"No leste da Ucrânia não há nenhuma unidade militar russa. Não há serviços secretos nem instrutores. São todos gente do lugar. E a melhor prova do fato é que, literalmente, as pessoas estão com a cara descoberta", sustentou. 

No mesmo programa, o presidente disse que espera não ter que fazer uso do direito, aprovado em março pelo Senado russo, de enviar tropas para a Ucrânia. 


"Confio muito em não ter que usar este direito e que com meios políticos e diplomáticos conseguiremos resolver estes graves, por que não dizer gravíssimos problemas de hoje na Ucrânia".

Putin fez a declaração ao responder uma pergunta sobre a possibilidade do envio de soldados russos para o sudeste da Ucrânia.

Justamente hoje começou em Genebra as negociações a quatro lados entre Rússia, Estados Unidos, União Europeia e Ucrânia sobre a crise na região.

Em 1º de março, o presidente pediu e recebeu do Senado autorização para o uso do exército em território da Ucrânia depois que os dirigentes pró-Rússia da Crimeia, anexada pela Rússia em 21 de março, solicitaram ajuda militar a Moscou.

Putin afirmou que a chave para a solução da crise ucraniana é a garantia dos direitos dos cidadãos que falam russo no país, grande parte deles de etnia russa.

"Não se trata de realizar um referendo sobre descentralização e federalização, e depois eleições, e seguidamente mudar o modelo de estado. Trata-se de garantir os direitos legais e os interesses dos russos e dos cidadãos que falam russo do sudeste da Ucrânia", disse.

Putin lembrou que seis regiões do sudeste da Ucrânia (Kharkiv, Donetsk, Lugansk, Jerson, Odessa e Nikolayevsk) pertenciam ao império czarista até serem concedidas nos anos 20 pelas autoridades soviéticas para o país vizinho. "Por que fizeram isso? Deus sabe...", disse o presidente.

O ex-técnico da agência de segurança americana (NSA) Edward Snowden, acusado de espionagem em seu país e refugiado na Rússia, perguntou nesta quinta-feira por vídeo ao presidente Vladimir Putin sobre a vigilância no país, em uma sessão de perguntas e respostas do presidente russo.

O ex-técnico da agência de segurança americana (NSA) Edward Snowden, acusado de espionagem em seu país e refugiado na Rússia, também enviou uma questão ao presidente russo nesta quinta-feira, durante a sessão de perguntas e respostas.

Snowden perguntou por vídeo a Putin sobre a vigilância no país, se neste país são feitas escutas em massa e se a prática se justifica pela luta contra o terrorismo e outras ameaças.

"O senhor é um antigo agente. Eu também tive relação com os serviços secretos. Vamos falar em termos profissionais", respondeu Putin, que negou a realização de escutas massivas na Rússia. 

Não há informações se o vídeo era uma gravação ou uma transmissão ao vivo.

Além disso, o presidente descartou com bom humor que após a anexação da península ucraniana da Crimeia o Kremlin esteja interessado em recuperar o Alasca, território que o czar Alexandre II vendeu aos Estados Unidos em 1867.

"Faina Ivanovna, para que a senhora quer o Alasca?", respondeu Putin ao vivo pela televisão no tradicional programa "Linha Direta", ao respondender a uma pergunta feita por uma aposentada russa.

Putin lembrou que ultimamente na Rússia o estado americano é conhecido coloquialmente como "Ice-Krim", um trocadilho com a palavra inglesa "gelo" e a russa "Crimeia".

"Nosso país é setentrional. E 70% de nosso território se encontra nas regiões do Norte e dentro do círculo polar. Por acaso o Alasca se encontra no hemisfério sul? Lá também faz frio. Não nos esquentaríamos", brincou.

O presidente afirmou ainda que além da Rússia, a França vendeu a Louisiana e Washington para os Estados Unidos no século 19. 

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