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Nas últimas semanas, o nome do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump voltou a ser manchete dos jornais ao redor do mundo. O republicano se tornou réu na Justiça americana após supostamente ter subornado a atriz de filmes adultos Stormy Daniels para que ela não revelasse uma relação extraconjugal que teria tido com ele em 2006. Essa, no entanto, não é a primeira polêmica envolvendo o governo do bilionário. Relembre os momentos mais marcantes de Trump na presidência do país
*Estagiária do R7, sob supervisão de Raphael Hakime
Octavio Jones/Reuters - 28.2.2022
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Refugiados
No dia 8 de novembro de 2016, Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos e se tornou o primeiro americano que nunca teve nenhum cargo eleitoral a exercer a função. Uma semana após a cerimônia de posse, em janeiro de 2017, porém, o republicano já gerou controvérsia ao assinar uma ordem barrando a chegada de refugiados no país por 120 dias e viagens de sete países de maioria islâmica para o território americano por 90 dias. Além disso, refugiados vindos da Síria estavam barrados por tempo indeterminado
Drew Angerer/Getty Images - 3/7/2018
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Campanha de Trump e a Rússia
Em maio de 2017, o diretor do FBI James Comey afirmou que havia uma investigação em curso sobre a relação entre a campanha de Trump e a Rússia. Menos de uma semana depois, ele foi demitido do cargo pelo republicano. Apesar disso, o FBI continuou a apuração para averiguar se Trump 'estava trabalhando em favor da Rússia e contra os interesses dos americanos' e se houve intervenção russa nas eleições de 2016. As investigações ainda sugeriam que russos vazaram dados de Hillary Clinton e outros democratas para favorecer o bilionário. A conclusão do caso, entretanto, foi favorável ao ex-presidente e provou-se que não houve conspiração
Leonhard Foeger/Reuters - 16.7.2018
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Saída do Acordo de Paris
Em 1º de junho de 2017, Trump anunciou que os Estados Unidos estavam saindo do Acordo de Paris, que estabelece uma série de medidas ambientais, mas acrescentou que estava aberto a negociar aspectos do acordo, que foi assinado por 175 países, incluindo o Brasil, em 2016
Mandel Ngan/AFP - 5.11.2016
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Trump x Coreia do Norte
Em resposta às ameaças da Coreia do Norte, em agosto de 2017, Trump afirmou que Pyongyang 'enfrentaria fogo e fúria como o mundo jamais viu'. Pouco depois dos comentários do então presidente, o país comandado por Kim Jong-un fez um comunicado dizendo que estava 'examinando o plano operacional' para atacar áreas ao redor do território americano de Guam. Em setembro, durante um discurso na Assembleia Geral da ONU, o republicano se referiu ao líder norte-coreano como 'homem do foguete' e alertou que os Estados Unidos 'destruiriam completamente a Coreia do Norte se forçados a se defender ou a seus aliados'
BBC NEWS BRASIL
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Transferência de Embaixada para Jerusalém
Em dezembro de 2017, Trump reconheceu Jerusalém como a capital de Israel e anunciou planos para transferir a Embaixada dos Estados Unidos de Tel Aviv para a cidade sagrada
REUTERS/Ronen Zvulun/File Photo/07.05.2018
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Trump x Stormy Daniels
Em janeiro de 2018, o jornal americano Wall Street Journal noticiou que Trump teria uma relação extraconjugal com a atriz de filmes adultos Stephanie Clifford — conhecida como Stormy Daniels —, caso que fez o ex-presidente voltar para a mídia nas últimas semanas. O veículo afirmou que o advogado pessoal do republicano, Michael Cohen, fez um pagamento de US$ 130 mil (R$ 657,7 mil) para um acordo de confidencialidade semanas antes das eleições, em 2016. O bilionário negou que o relacionamento tenha ocorrido. Em março, Stormy moveu uma ação contra Trump para tentar se livrar do acordo, mas o processo foi arquivado pois as alegações foram consideradas discutíveis
Ethan Miller, Olivier Douliery/AFP/Getty Images North America - 31.3.2023
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Ações na Síria
Em abril de 2018, Trump autorizou ataques militares na Síria em conjunto com o Reino Unido e a França após relatos de que o governo local teria usado produtos químicos em civis na cidade de Duma. Em dezembro do mesmo ano, o então presidente declarou que os Estados Unidos derrotaram o Estado Islâmico e ordenou uma retirada 'completa' e 'rápida' do Exército do país do território sírio
Reprodução/Hassan Ammar/Associated Press/Estadão Conteúdo
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Imigrantes
Em 7 maio de 2018, o governo Trump anunciou uma política de 'tolerância zero' para imigrantes que cruzassem as fronteiras dos Estados Unidos ilegalmente. As especificações do programa diziam que indivíduos que violassem as leis da imigração seriam indiciados criminalmente e avisavam que os pais poderiam ser separados dos filhos. Cerca de um ano depois, o então presidente se envolveu em mais uma controvérsia em relação ao assunto e foi condenado pela Câmara dos Deputados por racismo devido a tuítes que mandavam deputados de origem latino-americana e africana 'voltarem para suas casas'
REUTERS/Mohammed Salem/10.12.2018
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Trump x Irã
Um dia após o anúncio da nova política em relação aos imigrantes, Trump comunicou que os Estados Unidos estavam saindo do Acordo Nuclear com o Irã. 'Esse foi um terrível acordo parcial que nunca, nunca, deveria ter sido feito', disse o ex-presidente. Pouco menos de dois anos depois, as questões envolvendo os dois países se agravaram e, em 3 de janeiro de 2020, o republicano informou que um ataque aéreo americano no Iraque matou Qasem Soleimani, líder da Força Qads, do Irã. Em resposta, o país asiático lançou vários mísseis em duas bases iraquianas que abrigavam militares dos EUA
Reuters / Jonathan Ernst / 8.5.2018
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Trump se torna o primeiro presidente americano a entrar na Coreia do Norte
Em junho de 2018, Trump se encontrou com Kim Jong-un pessoalmente pela primeira vez em Singapura. No país, eles assinaram um estatuto que delineou amplamente o compromisso dos dois países em direção a um processo até a paz. O documento continha uma promessa da Coreia do Norte de 'trabalhar em direção' a completa desnuclearização das armas. Cerca de um ano depois, em junho de 2019, o republicano se tornou o primeiro presidente dos EUA no cargo a entrar na Coreia do Norte. Ele deu 20 passos adentro da fronteira e apertou as mãos de Kim
Kevin Lamarque/Reuters - 30.6.2019
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Estados Unidos e Arábia Saudita
Em novembro de 2018, Trump se envolveu em mais uma polêmica após uma declaração de apoio à Arábia Saudita depois do assassinato de Jamal Khashoggi, jornalista do The Washington Post, residente do estado da Virgínia, morto no consulado árabe na Turquia. Khashoggi era um crítico frequente do regime saudita. Um grupo de oficiais foi o responsável pelo assassinato, o que indicaria que houve a autorização do líder do país, o príncipe Mohammed bin Salman. 'Pode ser que o príncipe tivesse conhecimento desse evento trágico. Talvez tivesse ou talvez não tivesse! Talvez nunca saberemos todos os fatos acerca do assassinato do Sr. Jamal Khashoggi (..) De qualquer forma, nossa relação é com o Reino da Arábia Saudita. Ele tem sido um grande aliado na nossa luta muito importante contra o Irã', afirmou o republicano
Erdem Sahin/EFE/EPA - 25.10.2018
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Construção do muro
Em dezembro de 2018, ocorreu a maior greve parcial na história do governo nos EUA. A paralisação aconteceu após Trump ordenar que os legisladores realocassem US$ 5,7 bilhões de dólares (R$ 28,8 bilhões) para financiar a construção de um muro na fronteira com o México, antes de concordarem em assinar um pacote federal de financiamento. No dia 15 de fevereiro de 2019, o republicano declarou emergência nacional para alocar fundos e erguer a divisão. Durante o anúncio, o então presidente disse que esperava que a declaração fosse questionada na Justiça e, no mesmo dia, assinou uma medida de segurança nas fronteiras negociada com o Congresso, com cerca de US$ 1,4 bilhão (R$ 7 bilhões) reservados para uma barreira, com o objetivo de evitar outra greve do governo
Jewel Samad/AFP - 1.10.2013
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Trump x Zelenski
Em julho de 2019, uma conversa de telefone entre Trump e o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski também gerou polêmica. Na ligação, Trump pediu a Zelenski 'um favor' e o incentivou a falar com Rudolph Giuliani, conselheiro de longa data do republicano, sobre assuntos que envolviam o atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Dias antes da ligação, o bilionário bloqueou quase US$ 400 milhões (R$ 2 bilhões) em ajuda militar e de proteção à Ucrânia
Domínio Público
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Processos de impeachment
Em 24 de setembro de 2019, a presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, anunciou o início de um processo de impeachment contra Trump relacionado ao caso da intervenção russa nas eleições presidenciais. O Comitê Judiciário do Congresso aprovou os dois artigos do impeachment e a votação seguiu para a Câmara, que também votou pelo exoneração de Trump e condenou um presidente à pena pela terceira vez na história dos EUA. Em 5 de fevereiro de 2020, porém, o Senado votou por absolver Trump do processo. No entanto, em 13 de janeiro de 2021, a Câmara dos Deputados vota novamente pelo impeachment do bilionário por 'incitação de insurreição'. Com isso, ele é o único presidente americano a ser condenado ao impeachment duas vezes
Senado dos EUA via Reuters / 22.1.2020
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Rompimento com a OMS
Após o início da pandemia da Covid-19, em 29 de maio de 2020, Trump anunciou que os Estados Unidos estavam rompendo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) e acusou a China de espionagem. Em um rápido pronunciamento, o republicano disse que os chineses teriam mentido sobre o coronavírus e permitido que o vírus se espalhasse pelo mundo inteiro. Ele ainda afirmou que o país asiático tem total controle da OMS, apesar de investir muito menos na organização que os EUA
Jonathan Ernst / Reuters - 29.5.2020
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Fraude nas eleições e invasão do Capitólio
Após as eleições, em 3 de novembro de 2020, o democrata Joe Biden era projetado como vitorioso e próximo presidente dos Estados Unidos. Trump, no entanto, não aceitou o resultado e alegou fraude nas eleições, um discurso que se arrastou por meses. Após um comício de Trump em frente à Casa Branca, no dia 6 de janeiro de 2021, para uma multidão de apoiadores, estes protagonizaram uma invasão do Capitólio dos EUA enquanto os membros do Congresso estavam presentes para certificar o resultado dos votos do Colégio Eleitoral e conceder a vitória para Joe Biden. Cinco pessoas morreram, incluindo um oficial da segurança do prédio público
Saul Loeb / AFP - Arquivo
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Banido das redes sociais
Após a invasão do Capitólio, Trump é obrigado a se retratar. As redes sociais Instagram e Facebook baniram a conta do republicano até o fim do mandato e talvez 'indeterminadamente'. Já o Twitter, baniu Trump permanentemente da plataforma e alegou que 'após uma revisão cuidadosa de tuítes recentes e o contexto que os sondava, discutiu suspender permanentemente a conta devido aos riscos de estímulo à violência'. As redes sociais reativaram recentemente os perfis do ex-presidente
Reprodução / Twitter