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Ucrânia tem dia sangrento com ofensiva militar no leste e tumultos no sul

Pelo menos 30 pessoas morreram no confronto entre manifestantes 

Internacional|Do R7

Um manifestante baleado é socorrido por amigos
Um manifestante baleado é socorrido por amigos Um manifestante baleado é socorrido por amigos

A Ucrânia vive uma sexta-feira (2) caótica, com a ofensiva do Exército ucraniano para recuperar a cidade separatista de Slaviansk, no leste, e um confronto entre pró-russos e nacionalistas em Odessa, no sul, que deixou mais de 30 mortos.

Em Slaviansk, onde a população acordou com o estrondo de canhões, o prefeito autoproclamado da cidade, Viacheslav Ponomarev, pediu em um vídeo que "mulheres, crianças e idosos não saiam de casa" e que "todos os homens ajudem" os insurgentes.

"Nossa cidade foi atacada, começou a invasão, sofremos baixas", declarou.

O presidente interino da Ucrânia, Olexander Turchynov, disse que dois soldados ucranianos morreram na ofensiva, enquanto uma porta-voz insurgente indicou a morte de três rebeldes e dois civis.

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O Ministério da Defesa também anunciou que dois soldados haviam sido mortos perto de Slaviansk.

Mas, até o momento, a situação é mais preocupante na cidade portuária de Odessa, às margens do Mar Negro, onde uma manifestação em favor da unidade da Ucrânia foi violentamente atacada por militantes pró-russos. Quatro pessoas morreram e pelo menos 15 ficaram feridas. Logo depois, um incêndio causado pelos confrontos deixou 31 mortos.

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Esse registro revisa um anterior que indicava 38 mortes.

A maioria dos mortos morreu intoxicada por monóxido de carbono, enquanto outras vítimas se jogaram pela janela.

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Já em Slaviansk, a ofensiva militar iniciada durante a madrugada (01h30 GMT, 22h30 de quinta em Brasília) nesse reduto rebelde e na localidade próxima de Kramatorsk deixou "muitos mortos e feridos" entre os separatistas, declarou o presidente interino em um discurso à nação.

Perto de Slaviansk, dois soldados ucranianos foram mortos durante "intensos combates" com militantes separatistas, de acordo com o Ministério da Defesa.

Diante da escalada da violência na Ucrânia, Rússia pede reunião de emergência do Conselho de Segurança

"Um grupo de extremistas armados atacou os militares ucranianos da 95ª Brigada Aerotransportada (...) Intensos combates foram travados. Dois soldados ucranianos morreram", indicou o ministério em um comunicado.

O presidente interino ucraniano pediu que a Rússia "pare com a histeria, as ameaças e a intimidação" em torno dos acontecimentos na Ucrânia.

Diante desta "grave escalada de violência no leste da Ucrânia", a Rússia convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, programada para esta tarde em Nova York, informaram diplomatas.

Nesta sexta, o Exército tomou o controle de nove postos de controle que estavam em poder dos separatistas, segundo o Ministério do Interior.

Nas localidades ao redor de Slaviansk, os militares ucranianos foram recebidos com hostilidade pela população local, que gritava "Voltem para casa" e tentavam bloquear a passagem dos veículos blindados, constatou a AFP.

As autoridades ucranianas exigem que os "terroristas libertem os reféns, entreguem suas armas e desocupem os prédios públicos", indicou em sua conta no Facebook o ministro do Interior, Arsen Avakov, que disse estar no lugar dos fatos com o ministro da Defesa, Mihailo Koval.

No início da ofensiva, forças ucranianas perderam dois militares na derrubada dos helicópteros Mi-24, atingidos por lança-foguetes portáteis, segundo o Ministério da Defesa, que acusou "grupos profissionais de sabotagem" e "militares ou mercenários estrangeiros".

Líder dos pró-russos em Slaviansk diz que há 5 mortos nas suas fileiras no leste da Ucrânia

A Rússia, acusada por Kiev e pelos países ocidentais de estar por trás do movimento separatista, classificou a ofensiva militar de "operação de represália" e de "golpe mortal no acordo de Genebra", assinado em meados de abril entre Moscou, Kiev e os ocidentais.

Ao apoiar as autoridades de Kiev, "os Estados Unidos e a União Europeia assumem uma grande responsabilidade e bloqueiam de fato a via para uma solução pacífica da crise", denunciou Moscou.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a chanceler alemã, Angela Merkel, ameaçaram a Rússia nesta sexta com novas sanções que atingiriam determinados setores econômicos, caso a crise na Ucrânia se agrave ainda mais.

Durante uma entrevista coletiva à imprensa na Casa Branca, Obama advertiu Moscou para possíveis sanções "setorizadas", se a eleição presidencial de 25 de maio na Ucrânia for comprometida ou impedida pelos rebeldes pró-russos.

A chanceler alemã advertiu que a Europa está preparada para iniciar uma "terceira etapa" de sanções econômicas contra a Rússia, mesmo diante da oposição de empresários de seu país.

Quem são os 'homens de verde' que assustam a Ucrânia?

"Estamos preparados para este passo", afirmou Merkel. A segunda etapa afetou indivíduos, enquanto a terceira seria destinada a atingir setores econômicos.

Essas medidas, que especialistas dos Estados Unidos e da Europa já avaliam, teriam como alvo setores como finanças, energia e mineração, vitais para a economia russa.

A Ucrânia vai às urnas em 25 de maio para eleger um novo presidente.

O presidente americano também pediu que a Rússia ajude na libertação dos observadores da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), mantidos como reféns em Slaviansk.

Os separatistas exigem a saída do governo pró-ocidental instaurado em Kiev após a queda do presidente Viktor Yanukovich, em 22 de fevereiro.

As negociações pela libertação dos 11 homens (sete estrangeiros e quatro ucranianos) ainda não deram resultado.

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