Os voos humanitários operados pelas Nações Unidas, com funcionários, alimentos e artigos de primeira necessidade voltaram a partir com destino a Cabul, no Afeganistão, após a interrupção sofrida em 15 de agosto, com a chegada ao poder dos talibãs. O Serviço Aéreo Humanitário das Nações Unidas foi retomado dois dias atrás, segundo divulgou nesta terça-feira, por meio de comunicado, o Programa Mundial de Alimentos da ONU (PMA). "Levar funcionários humanitários e carregamento de socorro ao Afeganistão e seus arredores é vital se temos alguma esperança em prevenir uma catástrofe total", afirmou a diretora do PMA para o país asiático, Mary-Ellen McGroarty. O Serviço Aéreo da ONU também conta com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), que subsidiou três voos com suprimentos médicos para serem levados à Cabul desde o último domingo. No entanto, o PMA pediu apoio econômico para manter os serviços aéreos e ajudar os "afegãos desesperados em vários lugares do país", devido a instabilidade gerada pela chegada dos talibãs". "Com mais de 90% das famílias lutando para comer o suficiente e uma crescente crise humanitária em todo o país, as agências de ajuda estão lutando para satisfazer necessidades em massa antes de que seja tarde demais", indicou o Programa Mundial de Alimentos da ONU. Em agosto, mais de 400 pessoas receberam assistência graças aos que chegaram ao país, mas seria necessário chegar a 9 milhões "para evitar catástrofe humanitária". Além o envio direto para o Afeganistão, o PMA reparte alimentos e outros artigos básicos em pontos da fronteira do Paquistão, Tadjiquistão e Uzbequistão.