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Em 7 dias de 2022, BH tem 4 vezes mais testes positivos que dezembro

Nos primeiros dias do ano, 28.835 testes foram realizados na rede pública e 5.103 tiveram o diagnóstico para a doença na capital

Minas Gerais|Ana Gomes, Do R7, com Rayllan Oliveira, Da Record TV Minas

Números são de testes realizados na rede pública
Números são de testes realizados na rede pública Números são de testes realizados na rede pública (Freepik/Reprodução)

O número de testes positivos de Covid-19 de Belo Horizonte na primeira semana de 2022 é quatro vezes maior do que o registrado durante o mês de dezembro do ano passado. Os dados são da rede pública da capital.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, entre os dias 1º e 7 de janeiro, foram realizados 28.835 exames para detectar o novo coronavírus na rede pública de saúde. Desses, 5.103 tiveram o resultado positivo, o que representa uma taxa de 17,7%. Em dezembro do ano passado, 43.344 testes foram realizados na rede pública e 1.318 tiveram o diagnóstico para a doença. 

Os números consideram todos os pacientes que procuraram as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e Centros de Saúde da capital com sintomas respiratórios e foram testados por meio de teste antígeno.

Grávidas, puérperas ou pessoas com comorbidade que tiverem sintomas respiratórios, com teste rápido negativo, foram submetidas também ao PCR para diagnóstico definitivo. 

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De acordo com o boletim epidemiológico divulgado na terça-feira (11), a taxa de transmissão do coronavírus em BH se mantém estável, em 1,13%. No dia 31 de dezembro, eram 52,7 casos da doença a cada 100 mil habitantes. No domingo (7), foram registrados 175,6 infectados a cada 100 mil moradores.

A ocupação de leitos de UTI também se mantém estável, em 67,6%. A situação é pior nos leitos de enfermaria, que está em estado de alerta, com 70.9% de ocupação. Desde o início da pandemia, a capital teve 300.675 casos confirmados e 7.117 óbitos provocados pela Covid.

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O médico infectologista e membro do Comitê de Enfrentamento a Covid-19 de BH, Unaí Tupinambás, recomenda que, diante deste cenário, seria necessário a capital suspender os eventos com público.

"Nós devemos limitar os eventos que não temos controle, como festas. Vai ter pré-Carnaval, shows, estádios de futebol. Mas janeiro e fevereiro deveríamos abolir esse tipo de evento. São super espalhadores, não temos controle de vacina e de máscara nesses eventos. Nas escolas, ainda temos como controlar esse ambiente, cobrando a vacina, dando a terceira dose para os professores e começando a vacinar as crianças", explica o especialista.

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Unaí Tupinambás também reforça a importância da terceira dose e a manutenção das medidas sanitárias, como o uso de máscaras e higienização.

"O mais correto agora é vacinar a segunda e terceira dose e manter as medidas não farmacológicas: a máscara, evitar aglomeração em espaços fechados, manter esses espaços ventilados, como as salas de aula, e higienização das mãos", ressalta.

O que diz a prefeitura

Em coletiva realizada nesta terça-feira (11), o prefeito Alexandre Kalil (PSD) afirmou que os eventos com a presença de público devem continuar na capital. O político disse que se reuniu com representantes da Secretaria Municipal de Saúde e do Comitê de enfrentamento à Covid-19 em BH e que a decisão irá considerar os números do boletim epidemiológico durante o ciclo de 14 dias.

"Se acontecer saturação da saúde pública, alguma atitude vai ser tomada. Por enquanto é especulação, estamos relativamente tranquilos quanto ao número de internação", concluiu.

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