Sentindo-se prejudicados com o possível fechamento do Aeroporto Carlos Prates, funcionários e alunos das escolas de aviação que funcionam no local vão se concentrar em frente à unidade do Ministério Público Federal (MPF), no bairro Funcionário, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, na tarde desta para uma manifestação em defesa da manutenção do aeroporto e de suas atividades. Em nota emitida para a imprensa, os manifestantes se disseram “chocados com a decisão inesperada de se fechar o aeroporto da noite para o dia”. O presidente da Voa Prates, Estevan Velasquez, associação que congrega e representa os profissionais que atuam no aeroporto, questiona a decisão rápida de fechar o aeroporto. "Não se constrói nem uma casa, regulariza e mora nela em dez dias. Que dirá um aeroporto", disse Velasques O ofício enviado pela Infraero aos concessionários do Aeroporto Carlos Prates determina que o local seja completamente desocupado até o dia 31 de março, com a retirada de bens, mobiliários e equipamentos, para a desativação do aeródromo em 1° de abril. Os concessionários também foram comunicados da necessidade de cancelar os serviços de abastecimento de água, de energia elétrica, de telefonia e internet no mesmo prazo. Os bens não retirados a tempo serão considerados abandonados e ficarão sob posse da concedente. A prefeitura ainda aguarda uma resposta do governo federal sobre o pedido de doação do terreno. Para a diretoria do Aero Clube, a desativação em um prazo tão curto vai causar problemas para quem depende do Aeroporto, que hoje abriga 120 aeronaves e possui 22 empresas, entre elas cinco escolas de aviação civil. Além disso, não foi oferecido ao Aero Clube nenhum outro espaço para armazenamento dos aviões, realização dos voos e funcionamento das escolas que formam mil pilotos por ano e compõem o 2° maior polo de formação do Brasil. A direção do Aero Clube também confirmou que possui hoje uma dívida de de quase 5 milhões de reais com o poder público, contraída por gestões anteriores, e que está em processo de negociação para o pagamento, mas precisa manter as operações para arrecadar recursos.