O STTRBH (Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Belo Horizonte e Região) convocou os funcionários dos coletivos da capital mineira para uma greve na próxima segunda-feira (16). De acordo com a instituição, o objetivo da paralisação é questionar o valor do salário da categoria em Belo Horizonte, que, segundo o sindicato, está abaixo do praticado nas cidades da região metropolitana. O sindicato ainda explicou que já tinha uma greve prevista para o dia 26 de dezembro passado, mas o movimento foi suspenso por determinação judicial para tentativa de negociação. "Porém, o SetraBH (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte) não avançou nas discussões e praticamente decretou o impasse, não restando outro caminho para a entidade", declarou o STTRBH. Procurado, o SetraBH informou que ainda não foi comunicado sobre a greve. O sindicato patronal ainda destacou que vai encaminhar um ofício ao MPT (Ministério Público do Trabalho) pedindo uma audiência de mediação, "incluindo também o Poder Concedente, já que os reajustes salariais concedidos devem ser repassados imediatamente para a tarifa cobrada do usuário". O sindicato que representa os donos das companhias ainda voltou a reafirmar que o congelamento da tarifa em BH desde 2018 e o aumento nos custos do serviço "estrangularam financeiramente as empresas". "O Subsídio Emergencial (e temporário) concedido em 1º de julho de 2022 – foi apenas uma forma de viabilizar os custos de operação, que aumentou em 30% no número de viagens por dia útil, que passou de 16.000 viagens para mais de 22.000 viagens. Sem tarifa e sem subsídio, as empresas não têm capacidade financeira para assumir novas obrigações que se perpetuarão por tempo indeterminado", alegou o SetraBH. "Importante ressaltar que os trabalhadores não serão prejudicados, pois o SetraBH está garantindo a DATA-BASE da categoria, ou seja, a reposição salarial terá efeitos retroativos a outubro/2022", concluiu. A reportagem procurou a Prefeitura de BH para comentar a greve e aguarda retorno. O possível impacto da paralisação no serviço ainda é desconhecido.Ônibus sem o certificado de registro e licenciamento circulam por BH: