O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), se defendeu nesta sexta-feira (14) das críticas do presidente nacional do DEM, ACM Neto, após seu vice-governador, Rodrigo Garcia, trocar o DEM pelo PSDB. Em evento para anunciar a filiação de Garcia, tanto o governador quanto o vice rebateram a fala de ACM sobre a mudança ser "fruto de uma inexplicável imposição" de Doria. Em post nas redes sociais, ACM chamou Doria de "despreparado" e "inábil politicamente". "A postura desagregadora do governador de São Paulo amplia o seu isolamento político, e reforça a percepção do seu despreparo para liderar um projeto nacional", completou. Doria, por sua vez, negou imposições, disse entender a reação de ACM Neto e garantiu respeito ao ex-governador da Bahia. "Não é hora de ressentimentos, é hora de compreensão, de união. O que o Brasil mais precisa é de união (...). Rodrigo Garcia não recebeu nenhuma imposição de nenhuma ordem, de nenhuma espécie, para ingressar no PSDB", respondeu o governador. O vice-governador, Rodrigo Garcia, que desponta como aposta de Doria para sucedê-lo nas eleições estaduais em 2022, também negou ter sofrido pressões de Doria para se filiar ao partido. "Eu fui convidado a entrar no PSDB. Estou muito feliz com o convite que eu tive e muito feliz com a decisão que tomei. Foi um ato voluntário. Me sinto à vontade com a decisão que tomei e muito convicto de que é a melhor decisão para a carreira política que construí até agora e para os próximos passos", disse. Costurada por Doria, a mudança de partido de Garcia abriu uma crise entre PSDB e DEM, que ameaça não apoiar os tucanos caso Garcia seja o candidato ao governo estadual em 2022.