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Justiça prorroga prisão temporária de cirurgião suspeito de manter paciente em cárcere privado

Promotora que analisou o caso considerou que há indícios de que o médico teria assumido o risco de matar a vítima 

Rio de Janeiro|Gabriel Pieroni*, do R7

Médico teve prisão temporária prorrogada pela Justiça
Médico teve prisão temporária prorrogada pela Justiça

A Justiça determinou a prorrogação por mais 25 dias da prisão temporária do cirurgião plástico equatoriano Bolívar Guerreiro Silva, suspeito de manter uma paciente em cárcere privado em um hospital particular na Baixada Fluminense.

Inicialmente, o inquérito policial foi instaurado para a apuração de lesão corporal grave contra a paciente Daiana Chaves Cavalcanti, além de associação criminosa e cárcere privado. A investigação levou a Justiça a decretar a prisão temporária do médico pelo prazo inicial de cinco dias, posteriormente prorrogada por mais cinco dias.

Ao receber o inquérito, no entanto, a promotora de Justiça Cláudia Portocarrero não concordou com os crimes imputados no indiciamento da polícia e considerou que houve outros mais graves. Para ela, há indícios fortes de que o cirurgião teria assumido o risco de matar a vítima e, por isso, cometido o crime de homicídio qualificado na modalidade tentada, hediondo.

"O atuar doloso do indiciado e a irresponsabilidade completa, a vilania, a torpeza de motivo para a prática do delito, a ganância, o objetivo de ganhos financeiros em detrimento da saúde da vítima, submetida a cirurgias sucessivas, inclusive para fins estéticos, que jamais poderiam ter sido levadas a efeito, restam indicados nos autos", destacou a promotora.


O pedido de prorrogação da prisão foi atendido pela 4ª Vara Criminal da Comarca de Duque de Caxias. Os autos foram encaminhados à Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher), responsável pelo caso, para cumprimento de diligências indicadas pelo Ministério Público para a conclusão das investigações e o oferecimento da denúncia.

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Paciente foi transferida para o Hospital Federal de Bonsucesso
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O cirurgião equatoriano Bolívar Guerreiro Silva foi preso em 18 de julho sob suspeita de manter uma paciente em cárcere privado em um hospital de Caxias, na Baixada Fluminense.


Segundo parentes, a mulher, de 36 anos, foi impedida de trocar de unidade depois de apresentar complicações em dois procedimentos estéticos — uma plástica na barriga e um implante de silicone — realizados pelo médico.

Após a determinação da Justiça, a paciente foi transferida para o Hospital Federal de Bonsucesso, onde passou por outra cirurgia para remoção de tecido necrosado na região abaixo dos seios e na barriga.


O hospital particular de Caxias negou que tenha mantido a paciente em cárcere privado. A defesa do médico não foi localizada, mas postagens publicadas no perfil dele, na época da prisão, afirmavam que tudo seria explicado. 

* Estagiário do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira

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