Queda de avião em Maricá: viaturas da GM na pista impediram pouso de emergência, diz testemunha
Duas pessoas morreram no acidente, o piloto e um juiz federal
Rio de Janeiro|Do R7
Uma denúncia anônima sobre as condições de voos no Aeroporto de Maricá, na região dos lagos do Rio, pode mudar os rumos das investigações sobre a queda de um monomotor na Lagoa Marine, na segunda-feira (21). Duas pessoas, o piloto e um juiz federal, morreram no acidente. Testemunhas informaram que o piloto do avião tentou fazer um pouso de emergência no aeroporto da cidade, mas não conseguiu, pois viaturas da guarda municipal de Maricá estariam trafegando irregularmente na pista do local.
O avião partiu do Aeroporto de Jacarepaguá, zona oeste do Rio, e realizava um voo de instrução. Impedido de pousar, o piloto Aldemo Louzada de Sousa, de 46 anos, arremeteu a aeronave, que caiu a 1 km dali. Na queda, Adelmo e o juiz Carlos Alfredo Flores da Cunha, de 48, morreram.
A denúncia partiu de um piloto que não quis se identificar. Ele informou que é constante a presença das viaturas da guarda no pátio e na pista e disse que, se a pista estivesse livre, o acidente poderia ser evitado.
Até a noite de terça-feira (23), os corpos das vítimas permaneciam no IML da região. Os destroços continuavam na lagoa.
Em nota, a Guarda Municipal disse não poderia se pronunciar por ordem da prefeitura da cidade. Por sua vez, a Prefeitura de Maricá informou que a corporação tem autorização e competência para transitar no aeroporto. A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) está investigando a queda.
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