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Receita apura denúncia de assédio moral contra auditora fiscal no Galeão; "síndrome do pequeno poder", acusa passageira

Em post nas redes sociais, mulher acusou servidora de usar a função para humilhar passageiros

Rio de Janeiro|Do R7

Passageira diz que auditora fiscal a manteve por quatro horas em alfândega do Galeão, o que definiu como "terror psicológico"
Passageira diz que auditora fiscal a manteve por quatro horas em alfândega do Galeão, o que definiu como "terror psicológico" Passageira diz que auditora fiscal a manteve por quatro horas em alfândega do Galeão, o que definiu como "terror psicológico"

A Receita Federal apura uma denúncia de assédio moral feita por duas passageiras contra uma servidora da alfândega do Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), na Ilha do Governador, zona norte do Rio. Por meio de publicação nas redes sociais, nesta segunda–feira (26), uma mulher acusa a auditora fiscal Maria Lucia Lima Barros de usar a função para "constranger, humilhar e desrespeitar os passageiros".

No relato, Mariana Cavalcante diz que, ao retornar de uma viagem para a Índia com a avó de 86 anos no último sábado (24), ambas sofreram "terror psicológico" durante quatro horas após serem paradas na alfândega.

A advogada afirma que Maria Lucia não concluiu o trabalho de fiscalização, alegando que precisaria de mais tempo para “firmar sua convicção e apontar os valores eventualmente devidos”.

“Em total desrespeito a mim e à minha avó, idosa, ouvimos todos os tipos de deboches, grosserias e sarcasmos. A servidora passeava de um lado para o outro, conversando com várias pessoas, muitas vezes rindo e tudo parecia fazer parte do seu show”, escreveu Mariana.

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Diante da demora na liberação de seus pertences, Mariana e a avó teriam pago um Darf (Documento de Arrecadação de Receitas Federais) no valor de R$ 1.500 para retirar os itens. A advogada ainda conta que outros funcionários do aeroporto teriam dito que a conduta de Maria Lucia era recorrente e que, a cada voo, a auditora elegia um passageiro para ser assediado.

“Conversando informalmente com alguns amigos, muitos já conheciam esta senhora e tinham uma história de terror para contar. Mas, dessa vez, Maria Lucia se deparou com a pessoa errada”, desabafou.

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Usuários da rede comentaram que também já sofreram ou presenciaram um abuso com a mesma funcionária. Uma mulher inclusive afirma que, depois de cinco horas na alfândega, pagou R$ 3.000 para ter seus bens liberados. "Até fazer uma colega (que tentou nos ajudar) chorar ela fez. Show de horror!", contou a internauta. Outra usuária relata que uma amiga passou pela mesma situação. "É realmente um absurdo manterem uma pessoa assim", comentou.

Síndrome do pequeno poder

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Em menos de 24 horas, o post de Mariana já teve mais de 150 mil compartilhamentos. A advogada chama o episódio de "síndrome do pequeno poder" e diz que vai entrar com uma representação administrativa contra a funcionária. Também declara que vai pedir uma indenização por danos morais e que vai analisar se apresenta uma denúncia criminal. 

Procurada pelo R7, a Receita Federal confirmou o recebimento da denúncia e diz que vai analisar imagens e relatos de testemunhas para apurar o incidente, desde a etapa da seleção dos passageiros até o momento da fiscalização pela servidora.

Em nota, a instituição ressalta que sempre busca agilizar o tempo de despacho dos passageiros e cargas para minimizar eventuais desconfortos. Também acrescenta que os servidores são treinados nas competências técnicas para atuar na função e que as devidas providências serão tomadas depois da análise do ocorrido.

O R7 tenta contato com Maria Lucia pelas redes sociais, mas até a publicação desta reportagem não obteve resposta.

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