Cantareira cai a 12,8% e interior pede mais água
Baixa vazão do rio Atibaia faz Campinas decretar rodízio no abastecimento
São Paulo|Do R7
O receio de ficar novamente sem água suficiente para atender 1,1 milhão de habitantes levou Campinas a pedir um novo aumento no volume liberado do Sistema Cantareira para o rio Atibaia, que abastece 95% da cidade. A empresa municipal de saneamento, Sanasa, quer mais 1.000 litros por segundo do manancial para impedir uma concentração de poluentes na água que comprometa a captação. Por causa da baixa vazão do Rio Atibaia, Campinas decretou rodízio no abastecimento no dia 10 de outubro.
À época, a Sanasa já havia pedido mais 1.000 litros por segundo aos órgãos reguladores do Cantareira, mas o governo Geraldo Alckmin (PSDB) só liberou metade. Hoje, as regiões de Campinas e Piracicaba, onde 5,5 milhões de pessoas dependem do manancial, recebem 4,5 mil litros por segundo. Outros 18,7 mil litros por segundo são retirados pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) para a Grande São Paulo, como explica o diretor técnico da Sanasa, Marco Antônio dos Santos.
— É uma precaução nossa para evitar lá na frente que a qualidade da água não fique ruim caso não volte a chover. Hoje, a situação está normalizada.
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O pedido ocorre no momento em que a crise de estiagem no Cantareira se agrava. O manancial está prestes a encerrar o mês de outubro mais seco em 84 anos. Nesta terça-feira (28), o nível dos reservatórios caiu para 12,8% da capacidade, apesar da chuva na região, considerando a segunda cota do volume morto. A previsão, contudo, é de que só volte a chover forte no sábado (1º).