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Daiana faz questão de falar na frente de Sandro Dota, diz mãe de Bianca Consoli

Irmã da vítima era casada com o acusado na época do assassinato

São Paulo|Ana Cláudia Barros, do R7

Daiana, irmã da vítima, era casada com o acusado na época do crime
Daiana, irmã da vítima, era casada com o acusado na época do crime MAURICIO CAMARGO/ESTADÃO CONTEÚDO

Ao chegar ao Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, nesta quarta-feira (24), para o segundo dia de julgamento do motoboy Sandro Dota, acusado de matar e de estuprar a estudante Bianca Consoli, Marta Consoli, mãe da vítima, falou sobre como foi rever o acusado . Primeira testemunha a ser ouvida na terça-feira (23), ela pediu que o réu se retirasse do plenário. Postura diferente seria adotada por Daiana Consoli, outra filha de Marta, que era casada com Dota.

— Daiana vai falar na frente dele [Sandro Dota]. Ela faz questão.

Daiana, entretanto, teve sua expectativa frustrada no começo do depoimento. Antes do depoimento dela, iniciado por volta das 15h10, o advogado de defesa, Ricardo Martins, pediu que Sandro se retirasse. A justificativa: estaria muito emocionado. Por volta das 16h15, o réu voltou ao plenário.

“Não consigo olhar para o rosto dele”


Marta explicou porque pediu que Sandro deixasse o plenário durante seu depoimento na terça-feira, que durou cerca de três horas. Ela contou ainda como foi difícil retornar para acompanhar o júri.

— Eu não quis dar meu depoimento na frente dele, mas depois, fiquei sentada e não olhei para o rosto dele. Eu não consigo olhar para ele e imaginar que ele fez aquilo com minha filha. Volta tudo na minha mente. Fico imaginando o desespero que ela passou na mão dele. Não consigo olhar para o rosto dele. Não suporto. É uma dor muito grande de olhar e saber que aquela pessoa que está sentada ali fez tanto mal para minha filha.


A mãe da vítima, que chorou em vários momentos ao ser ouvida, falou da emoção de reviver o crime e de recordar da filha.

— Sai com muita dor de cabeça. É muita emoção, porque me recordei, por várias vezes, do quanto minha filha sofreu, do quanto era uma menina do bem, do quanto minha filha queria estudar e ser alguém. Você começa a lembrar que, aquela pessoa que está sendo julgada, tirou a vida da sua filha. Isso acaba com o sentimento da mãe. A mãe é que mais sofre, perde o chão. Perdi a metade da minha vida.

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