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Derrubada da Mata Atlântica em SP traz risco ao abastecimento de água

Dossiê aponta que 1,2 milhão de árvores foram mortas apenas na capital em 6 anos. Falta de cobertura vegetal compromete os mananciais da cidade

São Paulo|Do R7

Área devastada na avenida Herman Von Lhering, em Parelheiros, zona sul de SP
Área devastada na avenida Herman Von Lhering, em Parelheiros, zona sul de SP Área devastada na avenida Herman Von Lhering, em Parelheiros, zona sul de SP

O dossiê "A devastação da Mata Atlântica em São Paulo", do vereador Gilberto Natalini (PV), aponta que 1,2 milhão de árvores foram mortas apenas na capital paulista nos últimos seis anos. Sem a cobertura vegetal nas áreas mais afastadas das zonas sul, leste e norte da cidade, nascentes são aterradas, cursos de água e córregos deixam de existir, o que compromete os mananciais que abastecem principalmente as represas Guarapiranga e Billings, responsáveis pelo fornecimento de água para a população da região metropolitana.

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O levantamento está na 2ª edição e tem 454 páginas. No total, foram identificadas 160 áreas desmatadas na cidade. O documento indica que 7,2 milhões de metros quadrados de florestas paulistanas já foram derrubados e que uma área ainda maior estaria sob séria ameaça.

O documento apresenta quase 700 fotografias de satélite mostrando o “antes” e o “depois” da destruição da Mata Atlântica, imagens de drone e fotos obtidas nos locais onde as organizações criminosas estão, segundo o vereador, devastando a cobertura vegetal para implantar aterros e loteamentos clandestinos.

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O levantamento destaca que os terrenos são vendidos ilegalmente, na maioria das vezes, a pessoas de origem humilde. Com o sonho da casa própria, adquirem lotes sem a comprovada documentação.

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Levantamento indicou que há 160 áreas desmatadas na capital paulista
Levantamento indicou que há 160 áreas desmatadas na capital paulista Levantamento indicou que há 160 áreas desmatadas na capital paulista

O dossiê traz depoimentos de 52 testemunhas sigilosas, entre homens e mulheres, que moram nas regiões devastadas no extremo da zona sul. Por segurança, as identidades não foram reveladas. Juntas, essas pessoas citaram, direta ou indiretamente, 75 suspeitos de cometer crimes ambientais e outras ilegalidades, como corrupção.

Após a divulgação do documento, o vereador Natalini pediu a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara Municipal para investigar a devastação sistemática da Mata Atlântica em São Paulo, mas não foi atendido e agora cobra uma resposta do Poder Público.

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"Cabe ao Ministério Público conduzir as investigações que se fizerem necessárias e tentar acabar de vez com a derrubada avassaladora de árvores na nossa Mata Atlântica e, assim, interromper a grave destruição do meio ambiente que está em curso no município de São Paulo", argumentou o parlamentar.

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