O Hospital e Maternidade Oito de Maio, da rede particular, localizado na rua Rafael Monteiro Valeiro, 18, na zona leste de São Paulo, foi fechado na madrugada desta sexta-feira (25) por estar sem alvará e falta de funcionários para atender os pacientes, além de outras irregularidades no funcionamento, segundo o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo). O fechamento parcial da unidade é resultado de fiscalizações iniciadas pelo conselho no dia 23 de abril. Além de não possuir o alvará da Vigilância Sanitária, o conselho identificou que, apesar do nome, a unidade não dispõe de maternidade, UTI pediátrica e UTI Neonatal desde 2018. Também observaram que o pronto socorro conta com apenas dois médicos por turno, que são os mesmos que passam visita e atendem intercorrências na enfermaria, sobrecarregando, assim, o trabalho dos profissionais e a assistência ao paciente. A fiscalização encontrou, também, um plantonista que estava utilizando indevidamente os dados e CRM de outro médico. Além disso, durante a vistoria, os fiscais do conselho notaram que as escalas dos plantões eram feitas por apenas um profissional em trabalho contínuo por mais de 24 horas e, a diretoria da unidade não se preocupou em separar clientes com covid-19 dos demais, sem queixas de sintomas respiratórios, além de outras irregularidades. O Cremesp também teve acesso a inúmeras reclamações, por parte de pacientes, que relatam o atraso e péssimo atendimento, desorganização e falta de informação na liberação de exames de covid-19. As investigações iniciadas pelo conselho para apurar este caso tramitam sob sigilo determinado por lei. A Agência Record solicitou um posicionamento do hospital e, assim que houver retorno, será acrescentado à reportagem.