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Motoristas enfrentam quilômetros de fila para abastecer em SP

À medida que os postos são abastecidos, Polícia Militar e seguranças de empresas próximas auxiliam o trânsito formado por motoristas

São Paulo|Karla Dunder, do R7

Cláudio Silva Santos e William Paulo: motoristas afetados pelo desabastecimento
Cláudio Silva Santos e William Paulo: motoristas afetados pelo desabastecimento

Um caminhão com gasolina abasteceu o posto da Rede Papa na Marginal Tietê por volta das 4 horas da manhã desta segunda-feira (28). O resultado: logo se formou uma fila de 2,5 km de motoristas em busca de gasolina.

O engarrafamento atípico é resultado do 8º dia de paralisação de caminhoneiros contra o aumento do diesel em diferentes estados do país. Hoje, o país enfrenta efeitos da manifestação em diversos setores. 

Motorista Caroline Couto enfrenta fila em posto
Motorista Caroline Couto enfrenta fila em posto

A polícia militar e seguranças de empresas próximas auxiliaram o trânsito. A fila entrou na avenida Engenheiro Caetano Álvares. Às 10h era possível ver filas secundárias formadas nas ruas adjacentes.

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"Recebemos 20 mil litros, mas não creio que dure até o meio-dia. Estávamos restringindo em R$ 100, mas o dono do posto liberou completar o tanque. Muita gente vai ficar sem combustível ", diz o frentista William Augusto.

"A greve tem de continuar", diz o motorista de aplicativo Jackson Oliveira empurrando o carro na fila. "Estou sem uma gota de gasolina, moro na Vila Sonia, zona Sul, não tenho como voltar, por isso estou na fila desde às 6h20 da manhã ".


O cabelereiro Antonio Marcos Correia andou da Avenida Imirim até o posto na Marginal Tietê para conseguir um galão. "Eu uso pouco o carro, agora vai ficar na garagem."

Cláudio Silva Santos e William Paulo abasteciam o carro com um galão. "Pelo menos paguei o preço justo, semana passada gastei R$ 6 no litro."


William: "combustível não deve durar até às 12h"
William: "combustível não deve durar até às 12h"

A engenheira de alimentos Caroline Couto ficou mais de duas horas na fila. "Trabalho em Embu, não tenho como ficar sem combustível."

Outro posto de gasolina na avenida Heitor Penteado, na esquina com a rua Pereira Leite, tem uma fila que obriga os motoristas que querem abastecer a serem pacientes.

Um verdadeiro zigue zague pelas ruas da zona oeste. O R7 acompanhou o trajeto a ser percorrido pelos motoristas; a fila começa na rua Natingui, a pelo menos um quilômetro de distância do posto. Sobe para a rua Filipe do Gusmão, Dom Rosalvo, Orós, Armando Pinto até a Pereira Leite.

Policiais militares e agentes da CET (companhia de engenharia de tráfego) tentam organizar o trânsito. Os motoqueiros formam uma fila à parte.

Correia: "o carro fica na garagem"
Correia: "o carro fica na garagem"

"Cheguei às 6h da manhã para abastecer 20 litros, o limite por motorista" conta o texista José Milton dos Santos.

O motoboy Ricardo Marcelino chegou as 8h30 e conseguiu abastecer sua moto as 11h. "Semana passada peguei gasolina emprestada de um amigo. Trouxe galões, mas não consegui encher".

Já o vendedor de churros, Laudelino Borges, assistiu a uma reportagem na TV e veio até o posto. "Meu carro é a gás, mas precisava usar um pouco de gasolina para dar partida, para chegar aqui tive de pegar combustível do carro da minha mulher".

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