Pichadores suspeitos de terem matado dentista são identificados e estão foragidos
Wellington Silva foi espancado depois de reclamar de uma pichação em sua casa
São Paulo|Do R7, com Agência Record
Foi identificado, na tarde desta terça-feira (9), uma segunda pessoa suspeita de ter matado o dentista Wellington Silva. De acordo com Willian Silva, que é irmão do dentista, a mãe e o advogado deste outro pichador compareceram ao 33º Distrito Policial e foram ouvidos. O nome do suspeito, que está foragido, não foi divulgado.
Na segunda-feira (8), a polícia identificou o primeiro suspeito. Adolfo Gabriel de Souza, de 39 anos, é um dos pichadores que aparecem nas imagens do circuito de segurança pichando a residência do dentista Wellington Silva. Ele é dono de um Gol, que estava estacionado em frente à casa da vítima e que foi usado durante a fuga dos agressores. Foi decretada a prisão temporária de 30 dias. O suspeito, que já cumpriu pena por roubo, também está foragido.
O carro usado na noite do crime foi encontrado nesta terça-feira, em Diadema, na região do ABC. Ele foi achado em uma estrada e sem combustível. A polícia acredita que o veículo foi abandonado por lá e, provavelmente, os pichadores fugiram a pé. Em uma das portas, havia uma marca parecida com sangue. A perícia irá fazer a análise para comprovar se é realmente sangue, e de quem seria.
Advogados da família estiveram na delegacia nesta terça. O delegado mostrou para eles o carro apreendido. O primo de Wellington fotografou o veículo. Ele está ajudando a família numa investigação particular e, através das redes sociais ele conseguiu identificar alguns dos pichadores.
A polícia já fez buscas na casa de Adolfo, que fica em um bairro da zona sul de São Paulo, mas ele saiu de lá e, segundo a mãe, não deu mais notícias.
O caso
O dentista Wellington Silva, de 39 anos, foi espancado até a morte por pichadores durante a madrugada de sábado (6), na praça Doutor Milton Menezes Costa, no bairro Jardim Marisa, Zona Oeste, divisa com Osasco.
Wellington e seu pai, Manuel, de 76 anos, acordaram durante a noite com o barulho dos pichadores, que pichavam o muro da casa do pai e filho, e reclamaram das pichações. O grupo não gostou das reclamações e começaram a agredir Wellington. A violência foi tão grande que seu pai, Manuel, desmaiou. Os homens fugiram e deixaram os dois desacordados.
Pessoas passavam pelo local, porém, não fizeram nada, e a polícia também não apareceu. O irmão do dentista o levou até o hospital, no entanto a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
O 33º Distrito Policial investiga o caso. Um homem foi levado até a delegacia após ser encontrado com uma lata de tinta verde, a mesma cor usada na pichação da casa de Wellington, porém foi liberado por falta de provas.