Protesto terminou em tumulto em SP
Reprodução/Record TVServidores municipais de São Paulo entraram em confronto com policiais militares e guardas-civis nesta quarta-feira (10) durante protesto em frente à Câmara Municipal, na região central, contra o projeto de reforma da previdência, de autoria do prefeito Ricardo Nunes (MDB).
O protesto ocorreu inicialmente de forma pacífica e reuniu os servidores diante do Palácio Anchieta. No fim da tarde, no entanto, parte dos manifestantes tentou invadir o prédio, segundo relato da Polícia Militar, provocando a reação dos agentes, que usaram bombas de gás.
Segundo o tenente Maxwell, da PM, "houve a quebra da ordem pública" e manifestantes usaram pedaços de pau e pedras para tentar agredir os oficiais da polícia e da GCM (Guarda Civil Metropolitana) e depredar o edifício.
Protesto de servidores em SP
BRUNO ROCHA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO 10.11.2021O Sindsep (Sindicato dos Servidores Municipais) divulgou vídeos que mostram manifestantes feridos deitados no chão, entre eles uma mulher que teria ficado com várias fraturas na perna. Nos vídeos, diz-se que a Polícia Militar "atacou" os manifestantes e teria reprimido o ato.
Após a confusão, alguns manifestantes atearam fogo a barricadas no viaduto Jacareí, onde está localizada a Câmara.
A principal queixa dos servidores se relaciona ao Sampaprev 2, como é chamado o projeto de reforma da previdência municipal. O texto, aprovado já em primeiro turno, prevê o fim da isenção para aposentados em relação a contribuições para a previdência municipal.
Hoje estão isentos os aposentados da prefeitura que recebem menos do que o teto do INSS — R$ 6.433,57. Aqueles que ganham mais que esse valor pagam 14% sobre o que passar dele. Se a reforma for aprovada, todos os servidores aposentados que recebem mais do que um salário mínimo (R$ 1.100) vão pagar 14% sobre a diferença.
O protesto desta quarta foi apenas mais um dos servidores, que estão em greve e fazem uma série de reivindicações.