Um dos integrantes da lista de criminosos mais procurados pela Polícia Civil de São Paulo foi preso dentro da comunidade de Paraisópolis, na zona sul da capital, na tarde desta terça-feira (7). Éverton Guimarães Mayer, de 32 anos, está envolvido no sequestro, tortura e execução da policial militar Juliane dos Santos Duarte, em agosto de 2018. Conhecido como "Tom", ele é um importante líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) e tomaria decisões na comunidade de Paraisópolis. Equipes do 16° Batalhão da Polícia Militar atendiam a uma ocorrência de princípio de incêndio na rua Silveira Sampaio, na Fazenda Morumbi, quando depararam com o suspeito, que é procurado pela Justiça desde 2012. Éverton, que portava uma pistola .40, resistiu à prisão e entrou em luta corporal com os policiais, segundo a Polícia Militar. Durante a confusão, ele ficou ferido e foi encaminhado ao Pronto-Socorro Bandeirantes. Após ter alta, um grande efetivo da Polícia Militar participou da escolta do suspeito até o 89º Distrito Policial, no Portal do Morumbi. Na facção, segundo a polícia, ele é responsável por estipular a pena de quem descumpre as normas estabelecidas pela organização criminosa. Chamada de "Tribunal do Crime", a prática simula uma espécie de julgamento. Membros de confiança do PCC ficam responsáveis por analisar a situação e a conduta do acusado e, a partir disso, estabelecer uma pena. Tom, cujo cargo é intitulado disciplina, é quem toma a decisão dentro da comunidade de Paraisópolis, onde é considerado autoridade. De acordo com a Polícia Civil, ele tem uma extensa ficha criminal. Há, pelo menos, quatro mandados de prisão em aberto contra Éverton. Um deles é de roubo, homicídio e sequestro no inquérito que investiga a morte da policial Juliane, ocorrido em 2018. Nesta terça (7), ele também foi preso em flagrante por porte ilegal de arma, que foi apreendida. Segundo a Polícia Civil, ele será encaminhado a um presídio.