Entenda como ouro, silício e cobre podem ser as novas armas no combate da Covid-19
Além de as substâncias 'prenderem' o vírus, um estudo descobriu que ondas elétricas, potencialmente, o matariam
Saúde|Do R7
Um estudo realizado pela Universidade Curtin, na Austrália, trouxe uma nova luz às ferramentas de combate ao Covid-19. De acordo com os achados recentes, as proteínas spike do vírus Sars-CoV-2 se prendem quando entram em contato com ouro, silício e cobre. Assim, a utilização de campos elétricos para destruir tais proteínas, eventualmente, poderiam também matar o vírus.
“Os coronavírus têm proteínas spike em sua extensão, o que lhes permite penetrar nas células hospedeiras e causar a infecção, e descobrimos que essas proteínas ficam presas à superfície do silício, do ouro e do cobre por meio de uma reação que forma uma forte ligação química”, disse Nadim Darwish, da Escola de Ciências Moleculares e da Vida da Universidade Curtin e autor principal do estudo.
A partir das descobertas, os pesquisadores acreditam que as substâncias possam ser utilizadas para capturar o coronavírus, ao serem usadas em filtros de ar, como revestimento de bancos, mesas e paredes ou no tecido de panos e máscaras faciais. “Ao capturar os coronavírus dessa maneira, estaríamos impedindo que eles alcancem e infectem mais pessoas”, complementa Darwish.
Leia também
Além do achado sobre as ligações químicas, Essam Dief, também da Escola de Ciências Moleculares e da Vida da Universidade Curtin e coautor do estudo, afirma que foi constatado que o Sars-CoV-2 pode ser detectado e destruído com o uso de pulsos elétricos.
“Descobrimos que a corrente elétrica pode passar pela proteína spike, e, por isso, a proteína pode ser detectada eletricamente. No futuro, essa descoberta pode ser traduzida para envolver a aplicação de uma solução em um cotonete bucal ou nasal e testá-la em um pequeno dispositivo eletrônico capaz de detectar eletricamente as proteínas do vírus. Isso forneceria testes para Covid-19 instantâneos, mais sensíveis e precisos”, alega Dief.
Durante os experimentos, os pesquisadores notaram que, ao serem aplicados pulsos elétricos, a estrutura da proteína spike é alterada e, em certa magnitude dos pulsos, a proteína é destruída. Portanto, os campos elétricos podem potencialmente desativar os coronavírus.
Dessa forma, eles acreditam que a incorporação de materiais como o ouro, cobre e silício, somados à inclusão dos campos elétricos em filtros de ar, podem capturar e desativar o vírus.
“O estudo é empolgante e permite uma melhor compreensão dos coronavírus e uma perspectiva aplicada para ajudar a desenvolver ferramentas para combater a transmissão de Covid-19”, finaliza o coautor.
Além do Marburg: conheça outros vírus que causam hemorragias fatais:
" gallery_id="62deffb9ca90845b1c00044a" url_iframe_gallery="noticias.r7.com/saude/entenda-como-ouro-silicio-e-cobre-podem-ser-as-novas-armas-no-combate-da-covid-19-06032023"]