O CRM-RS (Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul) denunciou que nenhum dos 45 profissionais estrangeiros que atuam no Estado tem tutor para supervisionar seu trabalho. A polêmica surgiu depois que o médico argentino Juan Pablo Cajazus foi acusado de receitar para um paciente uma dosagem excessiva de um remédio indicado para o tratamento de infecções respiratórias. O Ministério da Saúde enviou um médico supervisor vinculado ao programa a Tramandaí, município que o argentino atua, para acompanhar e avaliar a atuação do médico. Em nota ao R7, o ministério afirma que “os médicos com registro no Brasil, inclusive os profissionais com registro provisório devido à participação no Mais Médicos, estão sujeitos à fiscalização estabelecida pelo Conselho Regional de Medicina em que estiver inscrito, conforme legislação aplicável”. O presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina), Roberto Luiz d'Avila, afirmou durante evento sobre direito à saúde na sede da Fecomércio-SP, nesta terça-feira (15), que não está surpreso com o suposto erro médico. — Não estamos surpresos com isso e até já esperávamos. Ainda vão surgir muitos outros casos. Vamos fiscalizar a atuação dos profissionais do programa e, quando for necessário, denunciar ao Ministério Público.“Novos erros médicos vão aparecer”, diz presidente do CFM sobre dose errada de argentino do Mais Médicos O médico argentino não quis comentar o caso e disse apenas que não quer entrar em polêmica com os colegas brasileiros. O Ministério da Saúde e o CRM-RS acompanham o caso.