A Nasa, agência espacial norte-americana, e a ESA, agência espacial europeia, iniciaram um projeto que pretende criar um conjunto de instrumentos capazes de monitorar a poluição do planeta minuciosamente de hora em hora. O primeiro instrumento lançamento é a sonda geoestacionária de monitoramento do ambiente, GEMS, da Coreia do Sul. Ela foi ao espaço acoplada a um satélite de monitoramento das atividades marítimas, também do projeto. O próximo projeto é da Nasa que pretende lançar uma sonda similar no ano de 2022, com o nome de TEMPO e em sequência a ESA, com a Sentinel-4, em 2023. A função principal será o monitoramento de poluentes, como dióxido de carbono e aerossóis, com dados enviados constantemente para computadores de análise. Assim, será possível analisar a poluição de fenômenos periódicos, como horas do rush, ou queimadas locais. Os equipamentos também devem medir se a poluição local afeta as temperaturas e meio ambiente. “A parte mais interessante é conseguir capturar esses focos de poluição em diversos horários do dia. Poderemos entender melhor qual a qualidade do ar, níveis de poluição e como mudam esses níveis com o tempo”, afirma o diretor de da divisão de ciência terrestre da agência norte americana Barry Lefer. Existem satélites capazes de fazer medições precisas no espaço, mas o intervalo de transmissões é de um dia, pois dependem das órbitas para transmitir as informações. Como o novo satélite é estacionário, ou seja, gira na mesma velocidade que a Terra, pode analisar o mesmo local o tempo todo. Cada um dos envolvidos no projeto pretende resolver problemas diferentes. A Nasa afirma que se interessa pela medição da poluição do consumo e produção de óleos, assim como as horas de rush da América do Norte. A ESA pretende melhorar a qualidade do ar no continente europeu. A longo prazo, a pesquisa deve fornecer dados de como a baixa qualidade do ar é responsável por doenças. De acordo com um estudo recente, citado por um dos diretores da ESA Ben Veihelmann a expectativa de vida do cidadão europeu cai em 2 anos devido ao contato com a poluição. “O serviço e informação sobre os indicies de poluição que afetam os cidadãos que andam nas ruas vai ajudar a entender que temos que trazer os níveis para um patamar aceitável com urgência”, afirma Veihelmann durante entrevista a agência espacial norte americana. Veja também: Conheça os passos para começar a observar o céu