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Após carta, Doria e Witzel cobram mais diálogo de Bolsonaro

Governadores de São Paulo e do Rio de Janeiro criticaram o presidente durante evento do BTG Pactual, que contou ainda com Eduardo Leite, do RS

Brasil|Do R7

O governador de São Paulo, João Doria, chega a evento do BTG Pactual
O governador de São Paulo, João Doria, chega a evento do BTG Pactual O governador de São Paulo, João Doria, chega a evento do BTG Pactual

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), o do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC-RJ) e chefe do Executivo do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB-RS) pediram mais diálogo e fizeram críticas ao presidente Jair Bolsonaro em evento do BTG Pactual nesta terça-feira (18).

Eles estão entre os signatários da carta assinada por 20 governadores, onde afirmam que declarações do presidente "não contribuem para a evolução da democracia no Brasil". Entre as principais críticas dos governadores está o desafio lançado por Bolsonaro de que poderia zerar tributos federais sobre o combustível se os governadores zerassem a cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

João Doria disse que os governadores estão abertos ao diálogo, sem o qual a democracia brasileira não será respeitada. Ele afirma que o estado de São Paulo pretende contribuir com o país praticando a democracia. “Não é imaginável, não é suportável um país que queira se desenvolver se não tiver respeito pela imprensa, respeito pelo empresariado, respeito pelos governadores de estado. Não seremos uma nação respeitada internacionalmente se não tivermos respeito pelo meio ambiente”, disse.

Leia mais: 'Estamos na iminência de mandar a reforma administrativa', diz Bolsonaro

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Ao referir-se ao meio ambiente, Doria citou participação do ministro Paulo Guedes no Fórum Econômico de Davos, na Suíça, indicando que foi "constrangedora" a tentativa do ministro de defender o “indefensável” diante da falta de políticas do governo federal nessa área.

Ainda em seu discurso, Doria disse acreditar que Bolsonaro precisa de "uma boa dose de humildade" e reconhecer que foi eleito para governar todo o Brasil e para todos os brasileiros.

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O governador Wilson Witzel disse que já foi vítima de acusações “levianas” do presidente, em referência ao suposto vazamento à imprensa do depoimento de um porteiro do condomínio Vivendas da Barra, residência de Bolsonaro no Rio de Janeiro e também onde suspeito de participar da execução esteve no dia do assassinato para encontro com o policial aposentado Ronnie Lessa, outro investigado no caso.

"Tenho apreço pelo presidente. Quero que ele faça um bom governo e precisamos de diálogo. Fui acusado de manipular o Judiciário, de manipular o Ministério Público, coisa que eu como magistrado que fui por 17 anos, jamais faria por princípios pessoais”, disse.

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Segundo ele, o desafio referente ao ICMS do combustível coloca os governadores numa situação de “embate” com a população.

Ainda segundo Witzel, o slogan do governo federal, “Mais Brasil, Menos Brasília”, não tem sido adotado na prática. Segundo o governador, propostas levadas ao governo federal pelo estado do Rio ficaram sem resposta, como a ideia de privatizar o porto da capital fluminense.

Rio Grande do Sul

Eduardo Leite afirmou ser “importante haver a compreensão de que o poder se distribuir em poderes e instâncias de governo”. “Exige especial dedicação ao diálogo para a construção de consensos mínimos. Eu entendo que o diálogo pode melhorar muito”, afirmou.

Ele disse ser bom o diálogo atualmente com parte dos ministros, mas que a relação com o governo federal deveria ser mais próxima.

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