Beto Richa critica adesão do PSDB às manifestações de rua
Para governador do PR, os próprios manifestantes rejeitam partidos políticos
Brasil|Do R7
O governador do Paraná, Beto Richa, classificou, nesta terça (28), como "desnecessária" a adesão do PSDB à chamada "pauta das ruas" anunciada ontem pelo presidente do partido, senador Aécio Neves (MG). Na opinião do governador, nem os próprios manifestantes aceitam a presença de partidos e políticos.
— Com todo respeito, nem sempre há unanimidade nos entendimentos, acho que é desnecessário. Tivemos grandes manifestações no Brasil inteiro com chamamentos espontâneos.
Ainda assim, o governador ressaltou mais de uma vez respeitar a posição de Aécio, apesar de discordar.
— Acho que é desnecessário até para não ser explorado de forma indevida — uma atuação, coordenação e convocação — por partidos adversários. Pode parecer um revanchismo, [se] explorado maldosamente.
Desde o começo do ano, o tucano é alvo de manifestações populares no Paraná. Richa disse ainda que um impeachment é uma "medida extrema" que nunca é desejável.
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Sobre a participação dos governadores do PSDB na reunião com a presidente Dilma Rousseff, o tucano falou em assumir responsabilidade para ajudar o País a atravessar a crise. Para Richa, a queda de arrecadação é um problema para governadores de situação e oposição.
— Governos de oposição, de situação, todos acabamos sendo atingidos com esta grave crise, sobretudo nas arrecadações. Não ir pode parecer um boicote e um desprezo à realidade que o Brasil enfrenta.
O tucano reclamou, porém, da "extravagante concentração de recursos em Brasília" que deixa os governadores "de joelhos, com o pires na mão".
— Parece que querem cada vez mais as administrações fragilizadas e dependentes da administração central.
Na reunião da próxima quinta-feira (30), Dilma deve anunciar que não vetará a proposta aprovada pelo Congresso que permite a Estados e municípios usarem os recursos de depósitos judiciais e administrativos. Com os recursos, os Estados poderiam pagar precatórios, dívida pública, investimentos e despesas previdenciárias.
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