Bolsonaro é hostilizado e diz que opositor devia viajar de jegue
Um vídeo mostra presidente sendo cumprimentado e outro sendo xingado em guerra de versões nas redes sociais
Brasil|Do R7
Enquanto apoiadores do presidente Jair Bolsonaro compartilharam, na tarde desta sexta-feira (11) um vídeo do presidente entre sorrisos e pedidos de fotos com funcionários da companhia aérea Azul, na cabine de um avião parado em Vitória (ES), outro vídeo publicado nas redes sociais mostrou o fundo do mesmo avião, com passageiros gritando “fora Bolsonaro”, “genocida” e mostrando o dedo do meio para o presidente.
A "guerra de versões" teve início com um vídeo postado por bolsonaristas. É possível ver uma das funcionárias da companhia dizer “eu não acredito” e sorrir diante da presença do presidente. Ela agradece pela foto. “Quem fala ‘fora Bolsonaro’ devia estar viajando de jegue, não de avião. É ou não é? Para ser solidário ao candidato deles”, diz o presidente, diante do burburinho de outros passageiros. No vídeo, não é possível ouvir com clareza as críticas ao presidente. Depois, há um coro de gritos de “mito”.
Já no outro vídeo, fica mais claro o que motivou a fala presidencial. É possível ouvir um coro de vozes gritando especialmente “fora, Bolsonaro”, mas também vaias e gritos de “genocida”.
Leia também
Pelas imagens, o presidente ficou cerca de um minuto na aeronave e, mesmo após as críticas feitas ao uso de máscaras, estava com o equipamento de proteção enquanto esteve na cabine. Mas foi fotografado sem o equipamento de proteção no terminal aéreo.
Procurada, a Azul informou que não iria se manifestar sobre o motivo de o presidente ter entrado em uma de suas aeronaves e, lá dentro, ao menos um de seus tripulantes ter retirado a máscara para fazer uma selfie com o presidente.
Bolsonaro esteve em Vitória (ES), nesta manhã, para uma cerimônia de entrega de casas na cidade de São Mateus. Ele fez a visita surpresa no voo da Azul antes de sair do aeroporto e chegou a ficar sem máscara nas áreas comuns do terminal. Estava acompanhado do ex-senador e pastor Magno Malta e dos ministros da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.