Brasil vai compartilhar práticas de combate ao trabalho escravo com países latinos
Projeto será financiado pelos Estados Unidos e administrado pela OIT
Brasil|Carolina Martins, do R7, em Brasília
Ao lançar o novo estudo sobre a situação do trabalho escravo em todo mundo, nesta terça-feira (20), a OIT (Organização do Trabalho Escravo) também anunciou um projeto de disseminação de boas práticas de combate ao trabalho forçado na América Latina.
Na tentativa de solucionar o problema na região, a organização vai administrar as ações com o intuito de fazer com que os países cooperem entre si na missão de acabar com o trabalho escravo na região. O Brasil terá papel fundamental no projeto.
A ideia surgiu depois que o Peru solicitou ajuda internacional para combater o trabalho forçado no país. Como o Brasil atua nesse área há cerca de 20 anos, vai participar do projeto promovendo um intercâmbio com as autoridades peruanas.
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De acordo com o coordenador do programa de Combate ao Trabalho Forçado da OIT no Brasil, Luiz Machado, a intenção é levar ao Peru exemplos brasileiros bem sucedidos, como as varas itinerantes que atuam na fiscalização do trabalho forçado.
No entanto, Machado afirma que o País também tem o que aprender com outros países e por isso o intercâmbio será produtivo.
—A gente tem que ser humilde para entender que a gente também aprende com os outros países, que muitas vezes não têm essas práticas consolidadas como nós, mas têm ações específicas e alguns projetos menores que, com certeza, servem de experiência para a gente adaptar aqui.
Ainda de acordo com o coordenador do programa, já foi elaborada uma agenda de ações e autoridades brasileiras devem viajar para o Peru nas próximas semanas para entender as demandas do País e as possibilidades de troca.
O objetivo, segundo a OIT, além de consolidar as práticas de combate ao trabalho escravo no País é promover um grande intercâmbio na América Latina, para disseminar as soluções. Os Estados Unidos são o principal financiador do projeto.