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Brasileiras têm filhos mais tarde, mostra pesquisa do IBGE

De 1998 a 2018, os percentuais de nascimentos cujas mães tinham até 24 anos caíram, enquanto houve elevação nas faixas etárias entre 30 e 44 anos

Brasil|Giuliana Saringer, do R7

Foram registrados 2.983.567 nascimentos em 2018
Foram registrados 2.983.567 nascimentos em 2018

As mulheres brasileiras estão esperando mais tempo para terem filhos, segundo as Estatísticas do Registro Civil 2018, divulgadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (4).

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De 1998 a 2018, os percentuais de nascimentos cujas mães tinham até 24 anos caíram, enquanto houve elevação nas faixas etárias entre 30 e 44 anos.

Há 21 anos, a maior parte das mulheres tinham filhos até os 24 anos (51,8%). Já em 2008, os nascimentos nessa faixa etária caíram, para 47,9% e, em 2018, para 39,4%. 


Na faixa entre 25 e 29 anos, a oscilação nesse período foi menor, com aumento de 1998 a 2008, de 24,2% para 25,2%, e queda para 23,7% em 2018. A partir dos 30 anos, as proporções de nascimentos se elevaram, saindo de 24,1% em 1998 e chegando a 36,6% em 2018.

Registros de nascimento


Em 2018, foram registrados 2.983.567 nascimentos, número que inclui os bebês nascidos em 2018 e também em anos anteriores ou com o ano de nascimento ignorado (3%).

Houve crescimento de 1% frente a 2017 considerando apenas os nascimentos ocorridos e registrados em 2018 e com a Unidade da Federação de residência da mãe conhecida, houve um crescimento de 1,0% em relação a 2017, passando de 2.867.701 para 2.895.062.


O mês de maio foi o campeão de nascimentos, com 264.988, enquanto novembro teve menos nascimentos, com 222.722. A média mensal ficou em 241.654 registros. 

O número de óbitos ocorridos e registrados entre 2008 e 2018 passou de 1.055.672 para 1.279.948, com aumento de 21%. No entanto, houve uma queda significativa nas mortes de crianças menores de cino anos, chegando a 2,8%. 

Segundo a pesquisa, dos 83.716 registros tardios, 31.019 aconteceram no Norte e 26.040 no Nordeste.

A gerente da pesquisa, Klivia Brayner, explica que o acesso aos cartórios ainda não é total em certas regiões. “Locais mais afastados, com acesso só de barco, apresentam dificuldades. Mas há um movimento governamental de incentivar que as pessoas registrem seus filhos, principalmente na região Norte, com mutirões”.

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