Covas classifica variante indiana como de 'extrema preocupação'
Diretor do Instituto Butantan afirmou que CoronaVac já é criada com base em variantes para aumentar eficácia contra novas cepas
Brasil|Gabriel Croquer, do R7
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou nesta quinta-feira (27) à CPI da Covid que a variante do coronavírus B.1.617.2, da Índia, é de "extrema preocupação", e que o fabricante da Coronavac já desenvolve vacinas com base nas variantes do vírus que surgiram em Manaus e na África do Sul.
"Variante da Índia, vamos chamar assim, ela já está sendo introduzida aqui no país. O salto da epidemia que teve na Índia nos últimos meses foi devido à essa variante. Então é uma variante de extrema preocupação", disse.
"Então nós temos que fazer o acompanhamento genômico, testar uma porcentagem da população constantemente para saber qual que é a extensão dessas variantes. Primeiro, para prevenir as questões das vacinas, testar se as vacinas funcionam, e obviamente para tomar as medidas de isolamento."
Ele também comentou que a vacina da Coronavac já têm comprovação de eficácia contra outra variante, a P1, que surgiu no Brasil, mas que o Instituto Butantan já trabalha para criar vacinas com base na variante da África do Sul.
Covas ainda voltou a citar a possibilidade da aplicação de uma "dose de reforço" dessas vacinas criadas a partir de variantes, para garantir a maior imunização naqueles que já receberam duas doses das vacinas.
Nesta quarta-feira (26), o Instituto Adolfo Lutz identificou um caso da variante indiana no estado de São Paulo, em um paciente que é morador de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, de 32 anos. Ele desembarcou no aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, no dia 22 de maio, vindo da Índia.