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Documentário revela trajetória das mulheres na diplomacia do Brasil

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, grupo de diplomatas disponibiliza filme nas plataformas digitais e celebra as conquistas na área

Brasil|Deborah Bresser, do R7

Maria José foi a primeira mulher na diplomacia nacional
Maria José foi a primeira mulher na diplomacia nacional

Em ambientes predominantemente masculinos, sempre há mulheres que quebram as barreiras e desbravam caminhos para conquistar espaços. Na diplomacia brasileira, Maria José de Castro Rebello Mendes foi a primeira mulher a prestar concurso público no País e ingressar na carreira.

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A história dela, e de outras diplomatas, está no documentário "Exteriores —Mulheres Brasileiras na Diplomacia", disponibilizado a partir deste 8 de março nas plataformas virtuais para todos os interessados. 

o documentário é um projeto do Grupo de Mulheres Diplomatas, coletivo criado em 2013 e que hoje reúne mais de um terço das diplomatas brasileiras. Foi produzido como celebração exatamente do centenário de ingresso na carreira diplomática de Maria José de Castro Rebello Mendes.


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A parte histórica do documentário se beneficiou da pesquisa de Guilherme Friaça, publicada em agosto de 2018 pela FUNAG: ‘Mulheres Diplomatas no Itamaraty, 1918-2011 – Uma Análise de Trajetórias, Vitórias e Desafios’. Guilherme Friaça resgata a história das primeiras diplomatas, apresentando trajetórias até então invisibilizadas numa instituição onde o cânone costuma ser exclusivamente masculino. O livro inspirou e deu base ao projeto.


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Outra inspiração foi o documentário sobre as diplomatas francesas “Par Une Porte Entreouverte”, produzido pelo Quai D’Orsay em 2017. Segundo o Grupo de Mulheres Diplomatas, o trabalho despertou o desejo de também apresentar ao público a trajetória e os desafios enfrentados pelas profissionais da área no Brasil.


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Para isso, foram resgatadas algumas histórias. Além de Maria José de Castro Rebello Mendes, a primeira diplomata, o documentário apresenta Odette de Carvalho Souza, a primeira embaixadora brasileira e a primeira embaixadora de carreira do mundo, e Maria Sandra Cordeiro de Mello, a primeira aluna do Instituto Rio Branco.

Também é contada a trajetória de Mônica de Menezes Campos, a primeira diplomata negra, falecida 1985, vítima de um aneurisma cerebral. Aprovada em 1978, à época ela foi celebrada como símbolo dos "avanços" no Itamaraty – mas, acabou sendo esquecida. Para o documentário, foi ouvida a irmã de Mônica, Márcia de Menezes Campos.

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Foram entrevistadas para o documentário as embaixadoras Vitória Cleaver, Thereza Quintella, Edileuza Fontenelle, Maria Nazareth Farani, Eugenia Barthelmess, Irene Vida Gala, Sônia Gomes e Gisela Padovan; as conselheiras Marise Nogueira e Viviane Balbino e as secretárias Amena Yassine e Laura Delamonica. Mulheres correspondem, atualmente, a 23% dos diplomatas (360 de um total de 1562), segundo dados do Itamaraty. 

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