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Documento mostra que navio suspeito por óleo estava na Índia

Documento mostra que o navio Voyager I, apontado no Senado Federal como responsável pelo óleo no nordeste, estava no país asiático

Brasil|Márcio Neves, do R7

Navio foi apontado como suspeito em Comissão do Senado Federal, em Brasília
Navio foi apontado como suspeito em Comissão do Senado Federal, em Brasília

Documento obtido com exclusividade pelo R7 mostra que o navio Voyager I, apontado em uma audiência do Senado Federal como um dos principais suspeitos pelo óleo que atinge praias do nordeste, não passou pelo litoral brasileiro no período e estava ancorado próximo de um porto na Índia.

O documento, uma nota fiscal de prestação de serviços marítimos do Porto de Deendayal, na Índia, lista uma série de períodos em que o navio estava ancorado no local.

Óleo no litoral: especialista defende monitoramento contínuo de navios

Segundo a equipe da Universidade Federal do Alagoas que apontou a suspeita do navio durante audiência pública sobre o tema no Senado Federal, o navio Voyager estaria no litoral brasileiro entre 19 e 24 de julho, data em que os pesquisadores identificaram manchas que seriam de óleo em uma área distante cerca de 25 km do litoral alagoano.


Entretanto, o documento aponta que o navio estava no Porto de Deendayal entre os dias 20 de julho e 21 de agosto. Pelo período, a empresa dona da embarcação, a Sanibel Shiptrade, pagou taxas de pouco mais de R$ 2 mil, de um total de cerca de R$800 mil cobrados pela administração do porto, que incluem, além da ancoragem, amarração e outras taxas portuárias.

Marinha descarta navio como suspeito


A Marinha do Brasil, que coordena as investigações sobre a mancha de óleo também refuta as declarações dos pesquisadores da Universidade Federal do Alagoas de que o navio Voyager I seja o responsável pelo derramamento do óleo que atinge as praias do nordeste.

Para a instituição militar, a embarcação Bouboulina continua sendo a principal suspeita, ao lado de outros quatro navios, todos de bandeira grega.


Manchas continuam aparecendo

O número de praias, rios, ilhas e mangues atingidos por óleo continua aumentando e chegou a 772, segundo balanço divulgado na segunda-feira (25) pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

Ao todo, ao menos 124 municípios de todos os nove Estados do Nordeste, do Espírito Santo e do Rio de Janeiro foram afetados por fragmentos ou manchas de petróleo cru desde 30 de agosto.

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