Gustavo Toledo, Aldo Albuquerque, José Luiz Santana, e Daniel Macedo Batista
DivulgaçãoPromoções de sites falsos com valores muito atrativos funcionam muito bem como uma isca para cairmos em golpes.
E hoje, no Brasil e no mundo, o cibercrime se aproveita da desinformação para criar novos ataques.
O chefe de cibersegurança do C6 Bank, José Luiz Santana, diz que a pandemia acelerou o processo de transformação digital que o mundo está passando, inclusive o Brasil. Porém, as pessoas foram inseridas nesse mundo digital sem estarem devidamente preparadas e por isso vemos a proliferação dos ataques.
“A gente fala muito de letramento digital, que é justamente ter consciência dos riscos e facilidades de como conviver nesse mundo digital, então a sociedade está passando por isso agora e, obviamente, o cibercrime está se aproveitando dessa desinformação até isso se equalizar novamente, eu acho que a pandemia foi esse acelerador no modo de dizer”, diz Santana.
Daniel Macedo Batista, coordenador do Programa Hackers do Bem, de responsabilidade da Superintendência de Tecnologia da Informação (STI), da Universidade de São Paulo (USP), afirma que a pandemia atraiu o interesse de vários estudantes para o curso de computação e que a universidade tem trazido esses estudantes para o lado do bem, ensinando como fazer o uso devido da transformação digital.
“Vamos aprender como isso funciona e entender como fazem esses ataques, para perceber que os ataques existem eventualmente num sistema da universidade, por exemplo, e avisar para quem é responsável para que corrija aquilo antes que alguém de fato vá tirar algum proveito de forma incorreta daquela vulnerabilidade, para quem sabe reduzir um pouco dessa dita pandemia hacker que tem acontecido nos últimos anos”, exemplifica o coordenador do Hackers do Bem.
Aldo Albuquerque, diretor executivo na Tempest, trabalha na área há quase 20 anos e ressalta que não só aqui no Brasil, mas no mundo, sempre há um aumento gradual das ameaças, e que o cibercrime é acompanhado há pelo menos 15 anos no país e ano após ano aumenta a quantidade de ataques de novos golpes.
"Houve um aumento na utilização de canais digitais, seja para compra, no e-commerce, seja usando internet banking e outras tecnologias. Quem já não estava nesse mundo digital, agora entrou durante a pandemia, acho que a pandemia serviu como um catalizador para um aumento da digitalização e com isso oportunidades para os atacantes aplicarem seus golpes. Conclusão: A informação é ouro digital.", destaca Aldo, e classifica a ameaça de ransomware como uma das maiores ameaças, hoje, de cibercrime.
"Se consegue parar uma empresa cifrando todas as informações, todos os dados. Já percebemos até evolução nesse tipo de ataque, por exemplo, quando além de parar a operação da empresa cifrando os dados, se rouba esses dados e faz uma extorsão contra a empresa, ameaçando vazar esses dados na internet caso não se pague uma certa quantia", afirma Aldo.
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