O ex-diretor internacional da Petrobras Nestor Cerveró esteve no Senado nesta quinta-feira (22) para prestar depoimento sobre a compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras. Responsável pelo resumo executivo que orientou o negócio, Cerveró repetiu o que havia falado a deputados na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Finanças e Tributação, na Câmara dos Deputados. Sobre a compra da refinaria, Cerveró garantiu que a aquisição de uma refinaria era necessária para o País, que só processava petróleo pesado, de menor preço no mercado. O ex-diretor assumiu parte da responsabilidade pelo negócio. — Não quero me isentar, sou co-participante dessa decisão. Leia mais notícias de Brasil e Política O ex-diretor reafirmou que a compra da refinaria em Pasadena foi "avaliada várias vezes". Cerveró relembrou seu histórico na Petrobras, empresa em que ingressou por meio de concurso público em 1974 e foi diretor internacional de 2003 a 2008. — A gente não deixa de ser Petrobras, depois de 40 anos é um casamento indissolúvel. Não sou mais empregado da Petrobras, mas sou extremamente ligado à Petrobras. Segundo Cerveró, de 2003 até 2008 — durante sua gestão — a Petrobras expandiu sua atuação de oito países para 26 e estendeu o nome da Petrobras para toda a America do Sul. O ex-diretor disse também que a empresa expandiu negócios para China, Japão, Índia e Golfo do México e consolidou a atuação na África. A senadora Vanessa Graziotin (PC do B-RS) aproveitou o esvaziamento da comissão para alfinetar a oposição. — Quero lamentar por aqueles que não estão aqui, principalmente, pelos que lutaram arduamente para a criação da CPI. Ao invés disso ficam nomeando CPI chapa branca, CPI amigável, imagina. O depoimento do ex-diretor foi o segundo tomado pelos senadores da CPI, que ouviram na última terça-feira (20) o ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli. A CPI exclusiva do Senado é composta por 13 senadores, apenas três são da oposição.