O presidente da CDHM (Comissão de Direitos Humanos e Minorias) da Câmara, deputado Marco Feliciano (PSC-SP), conseguiu despistar os jornalistas, nesta sexta-feira (5), ao antecipar o horário do seu depoimento no STF (Supremo Tribunal Federal). Alvo de protestos de grupos de ativistas desde que assumiu a presidência da CDH, Felicianofoi se explicar sobre as acusações de estelionato. Segundo a denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul, o deputado recebeu R$ 13 mil para realizar dois cultos religiosos no Estado, mas não compareceu. O depoimento no Supremo, em Brasília, estava marcado para às 14h30. No entanto, segundo a assessoria do STF, às 14h todo o procedimento já havia sido concluído. Dessa forma, o deputado evitou o encontro com jornalistas na entrada e na saída do prédio, e driblou os protestos, que estavam sendo organizados em frente à sede do Supremo. Leia mais notícias de Brasil e PolíticaFeliciano cancela viagem à Bolívia para visitar corintianosDepoimento gravado Apesar de ter sido realizado a portas fechadas, todo o depoimento de Feliciano foi gravado pela Justiça, como é de praxe. O ministro Ricardo Lewandowski, responsável pelo processo, ainda analisa se vai divulgar a gravação. Antes de confirmar presença, Marco Feliciano chegou a pedir para que Lewandowski adiasse o depoimento, alegando que participaria de um evento religioso no interior do estado do Pará. Segundo o deputado, a viagem estava previamente marcada. No entanto, o ministro negou o pedido. Em sua decisão, Lewandowski explicou que “a data, sexta-feira, foi escolhida de modo a não prejudicar a atuação parlamentar do denunciado”.