Governo diz que leilão de energia A-5 de 2016 terá recorde de 47,6 GW em projetos
Brasil|Do R7
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O leilão de energia A-5, agendado para 5 de fevereiro de 2016, atraiu 47,6 gigawatts em projetos cadastrados, divididos em 1.055 empreendimentos, afirmou nesta terça-feira o presidente da estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim.
Segundo Tolmasquim, o número representa um "recorde mundial", equivalente a pouco mais de três usinas como Itaipu, com destaque para a quantidade de projetos nos Estados da Bahia e Rio Grande do Norte, onde há potencial favorável para a instalação de usinas eólicas.
O grande destaque dos empreendimentos cadastrados foi a quantidade de projetos eólicos, que somaram 864 unidades, com oferta total de 21.232 megawatts (MW).
Segundo a EPE, só para o Estado da Bahia foram apresentados 292 projetos eólicos, seguido pelo Estado do Rio Grande do Norte, para o qual foram apresentados outros 232 eólicos.
A EPE recebeu ainda a inscrição de 78 projetos de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), 63 projetos de biomassa, 36 projetos de térmicas à gás natural, 7 de térmicas a carvão, 6 de usinas hidrelétricas e 1 de biogás.
"Tem pouca hidrelétrica, mas tem muita eólica, PCHs e biomassa… o que está acontecendo é que estamos ajustando a nossa matriz a nossa capacidade de oferta", disse Tolmasquim a jornalistas, em um evento no Rio de Janeiro.
Segundo a EPE, se os 36 projetos de térmicas a gás forem habilitados para o certame A-5, a tendência é que o fornecimento de gás para essas plantas seja atendido por cargas importadas de gás natural liquefeito (GNL).
"Temos muita gente querendo investir no setor elétrico brasileiro. Temos uma tranquilidade dado que o retorno e a receita são garantidos mesmo quando a economia para ou a demanda cai", completou.
Tolmasquim reiterou a expectativa do governo de realizar no primeiro semestre de 2016 o leilão da Usina de São Luiz do Tapajós, com capacidade de mais de 8 mil MW.
A licitação da usina, que deverá ser feita de forma individual, devido a sua atratividade, depende de licenças do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Fundação Nacional do Índio (Funai).
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(Por Rodrigo Viga Gaier)