O governo federal vai destinar, em média, R$ 5.000 para pessoas de baixa renda reformar ou ampliar a casa própria. O benefício terá como alvo as famílias com renda mensal bruta de até R$ 1.800. Quem receber o dinheiro terá que cuidar da mão-de-obra para fazer os ajustes na casa. Ou seja, o crédito pode ser usado para a compra de material de construção. Não se trata de um empréstimo, já que dinheiro não precisa ser pago de volta ao governo federal. O presidente Michel Temer aproveitou a solenidade de lançamento do programa para reafirmar que o seu governo não está acabando com programas sociais, e sim ampliando. — Nós não abandonamos o Minha Casa Minha Vida. Assim como o Bolsa Família, que foi reajustado. Ele aproveitou para falar da pauta prioritária da sua gestão, de reformas. — O cartão reforma visa fazer com que a pessoa tenha melhores e mais dignas condições de vida. Há uma coincidência, reformar é para crescer e um dos lemas do nosso governo é reformar para crescer, por isso estamos fazendo reforma do teto dos gastos, reforma previdenciária e etc. Que o governo tem feito com apoio do Congresso Nacional. O lançamento oficial do Programa Cartão Reforma aconteceu nesta quarta-feira (9) no Palácio do Planalto. O dinheiro será enviado por meio da Caixa Econômica Federal. Para 2017, o orçamento do programa é de R$ 500 milhões. Pelo orçamento, o programa deve beneficiar 100 mil famílias no próximo ano. Levantamento do Ministério das Cidades, responsável pelo programa, indica que 7,8 milhões de moradias no Brasil precisam de reformas, sendo que 3,6 milhões pertencem a famílias com renda que se encaixam no programa. Mesmo que a mão de obra fique a cargo do beneficiário, o ministério informou que vai oferecer técnicos para acompanhar as obras. De acordo com os números fornecidos pelo governo, o crédito disponível para o ano que vem atenderia a 2,77% da demanda por reformas. A pasta explicou que além de melhorar as residências das famílias de baixa renda, o programa incentiva a indústria nacional e o comércio local e gera emprego e renda no País. O ministro das Cidades, Bruno Araújo, disse que o objetivo é ajudar a reduzir o déficit habitacional brasileiro. — O cartão será importante para a geração de empregos e de renda. A chegada do cartão reforma ajuda a fazer com que o atendido não precise ser desolacado para uma nova habitação [pela falta de reformas]. O ministro antecipou que nas próximas semanas o governo federal iráa lançar um novo modelo de regularização fundiária por meio de medida provisória.