Guedes e relator preveem reforma tributária aprovada em agosto
Ministro também elogiou mudanças feitas por deputado Celso Sabino, que corrigiram o que Guedes "doses equivocadas" do texto
Brasil|Do R7, e Claudia Gonçalves, da Record TV em Brasília
O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o relator da segunda fase da reforma tributária, deputado Celso Sabino (PSDB-PA), afirmaram nesta quinta-feira (15), em entrevista à Record TV, que esperam ter o projeto de lei aprovado até o mês de agosto
"Agora nós estamos ajustes finos, ouvindo as lideranças partidárias, conversando com o ministro Paulo Guedes e aperfeiçoando ainda mais o texto para que a gente possa avançar na discussão com a sociedade e logo mais no início de agosto a gente pretende efetivamente, com esse processo amadurecido, trazer a votação ao Plenário", disse Sabino.
Guedes elogiou o deputado, considerando as mudanças que o parlamentar fez como relator na primeira versão da reforma, protocolada pelo governo Bolsonaro em junho. O próprio ministro admitiu nesta quarta-feira (14) que o primeiro texto tinha "doses equivocadas".
"O relator está fazendo um brilhante trabalho, escutou todos os segmentos e reação do mundo empresarial foi muito boa para nós porque ela mostrou que os cálculos da receita estavam excessivamente conservadores", afirmou Guedes.
"Nesse sentido é que eu me referi a um erro. Um erro de dosagem para quem tá aumentando os impostos sob dividendos para 20% a queda no Imposto de Renda da Pessoa Jurídica tinha que ter sido muito maior", completou.
A versão apresentada por Sabino nesta terça-feira (13), no entanto, também foi criticada por diversos setores da economia por aumentar tributação sobre investimentos produtivos, revogar benefícios fiscais concedidos às empresas em programas de alimentação, entre outras medidas.
A reforma tributária proposta pelo governo federal será fatiada em quatro fases. A primeira parte, enviada em julho do ano passado, propõe a unificação de PIS e Cofins em um único imposto com alíquota de 12% para as empresas e de 5,8% para instituições financeiras.
A segunda parte, enviada em 25 de junho por Guedes, foca em mudanças no Imposto de Renda.