São Paulo, Brasil O cerco vai se fechando sobre Najila Trindade. Depois de agentes da Sexta Delegacia da Defesa da Mulher investigarem por quase dois meses, veio a decisão de não indiciar Neymar por estupro e agressão, acusações feitas pela modelo. De maneira oficial, em Boletim de Ocorrência, no dia 31 de maio. A titular da Sexta Delegacia, Juliana Lopes Bussacos, não poderia ser mais direta. Falta de provas e incongruências, versões confusas, contraditórias da modelo. O caso foi arquivado. A esperança de Najila passou a ser o Ministério Público. Afinal, promotoras cuidavam do caso. Ou seja, mulheres. Elas poderiam se solidarizar com as declarações da mulher que se disse estuprada e agredida pelo jogador em Paris. Além disso, a própria Najila falou com todas as letras ao SBT, quando as investigações já apontavam que o jogador não seria indiciado por estupro. "A polícia está comprada, né?" Só que as promotoras Estefânia Paulin e Flávia Merlini do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid), do Ministério Público Estadual também desconstruíram as acusações de Najila. "Ela não produziu nenhuma prova que ela disse que tinha. A delegada pediu para ela plugar o celular a um computador para ela ver o vídeo e ela não quis fazer isso. Ela não quis entregar o celular também, depois ela disse que ele foi furtado", disse Flávia. Essa postura absurda de Najila tirou todo o crédito de suas palavras para a Polícia e para o Ministério Público. Assim como também para seus três primeiros advogados, que desistiram quando ela não mostrou o vídeo que jurava ter gravado, comprovando a agressão de Neymar. Nos 61 segundos expostos para o mundo o que se viu foi Najila estapeando Neymar no rosto. A agressora foi ela. "O que se comprovou foi que houve a lesão corporal, que os tapas, a vermelhidão ocorreram para satisfação de ambas as partes. Os laudos oficiais não comprovaram as agressões alegadas por ela. Isso não é suficiente para comprovar o ato do estupro", garantiu Estefânia. Os tapas a que ela se referia foram nas nádegas da modelo. De acordo com Najila, Neymar bateu sem o seu consentimento. Já o jogador insistiu que foi ela quem deu ideia dos tapas. No depoimento que o atleta deu à Sexta Delegacia de Proteção da Mulher, ela "pedia mais tapas". O Ministério Público seguiu o mesmo caminho da Polícia. Pedindo o arquivamento do caso, inocentando Neymar. Agora, virou uma questão apenas burocrática. Neymar não será acusado de estupro e agressão. Mas Najila enfrentará um processo por 'denunciação caluniosa'. Ou seja, os advogados de Neymar quer que ela pague na justiça por, supostamente, ter mentido. A pena para a pessoa condenada fica entre dois a oito anos de reclusão, mais multa. A ação se faz necessária para que o caso não atrapalhe o jogador a seguir faturando em publicidade. É o primeiro passo para a recuperação de sua imagem. E o pai do atacante, que toma todas as decisões fora do campo para o filho, promete ser implacável com o primeiro advogado de Najila, José Edgard Bueno, Ele o processará por tentativa de extorsão. De acordo com Neymar da Silva, ele queria dinheiro para quer Najila não acusasse o filho de estupro. A acusação de crime virtual, no Rio de Janeiro, por Neymar expor fotos distorcidas de Najila nua, que ela enviou ao atacante, e a troca de mensagens eróticas entre os dois, foi assumida por dois funcionários que trabalham para o jogador. Além de legalmente se preparar para enfrentar uma guerra, Najila já foi condenada pela opinião pública. Ela sofreu uma ação de despejo, por falta de pagamentos de R$ 26 mil de aluguéis. Mora em um lugar mais simples. Mas evita sair na rua. Porque tem sido ofendida, xingada. Está indo a psicólogo. Tomando remédios. Se diz abalada psicologicamente. E tudo deve piorar. A Polícia e o Ministério Público garantem. Não há prova alguma. Neymar está livre da acusação de estupro. De vítima, Najila será ré. Correndo o risco de enfrentar ser presa. Por falso testemunho. Com pena de dois a oito anos de reclusão...