O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), causou tumulto nesta quinta-feira (9) ao concluir sua bateria de perguntas ao tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Sampaio defendeu a prisão de Vaccari e a extinção do PT. — O senhor tem tudo para ser preso e o PT, extinto. O deputado petista Leo de Brito (AC) protestou contra as declarações do tucano e cobrou providências. — Eu entendo que seja feito esse showzinho, mas a gente não aceita.Leia mais notícias de Brasil e Política O tesoureiro do PT disse que todas as visitas que fez para captar recursos para o partido foram de "empresas sérias", conforme previsto na legislação partidária. — Nós do PT recebemos constantemente visitas de empresários para discutir política. O petista acrescentou que o executivo Augusto Mendonça, da empresa Toyo Setal e que fez uma delação premiada na Lava Jato, esteve no diretório do partido e fez uma doação. — Foi uma doação legal, contabilizada e prestada conta, sem nenhuma ressalva. O tesoureiro repetiu que, em relação a ele, todas as delações premiadas que o acusaram de envolvimento em irregularidades no esquema de corrupção da Petrobras "não são verdadeiras".Condução estranha O tesoureiro do PT criticou à CPI da Petrobras a forma como foi levado por agentes da PF (Polícia Federal) no início de fevereiro para prestar esclarecimentos sobre pontos das investigações da Operação Lava Jato. — Me causa estranheza ser conduzido de forma coercitiva sem necessidade. Eu prestei todos os esclarecimentos. Estou e continuo à disposição das autoridades para os esclarecimentos necessários. O petista afirmou que a CPI mista da Petrobras, realizada no ano passado, quebrou sigilos dele sem ter encontrado alguma ilegalidade. — A CPI da Petrobras, que se encerrou na legislatura anterior, rompeu meu sigilo bancário e fiscal e fez todo o processo de investigação não achando qualquer irregularidade. O tesoureiro voltou a falar que o partido não tem conta no exterior. E repetiu que os recursos captados pelo PT são legais e registrados no TSE.
