A Comissão de Segurança Pública da Câmara aprovou nesta terça-feira (13) um convite para que a ex-deputada Manuela D'Ávila (PCdoB) — candidata a vice-presidente na chapa derrotada do petista Fernando Haddad ao Palácio do Planalto — esclareça o seu envolvimento com hackers que teriam tido acesso a supostas conversas de aplicativos de mensagens de autoridades dos Três Poderes.Leia também: Polícia estima que hackers tenham feito mais de mil vítimas Por se tratar de convite, Manuela não é obrigada a comparecer no colegiado da Câmara. No requerimento, o deputado Capitão Augusto (PL-SP) disse que o depoimento do hacker Walter Delgatti Neto, no inquérito que investiga o hackeamento das mensagens, citou o fato de que Manuela foi responsável por intermediar o contato com o jornalista Glenn Greenwald, editor do The Intercept Brasil e autor de reportagens sobre o assunto. As reportagens mostram supostas mensagens do hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, o ex-juiz federal Sergio Moro, e procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, que indicaram uma cooperação entre eles. Para críticos essa cooperação seria indevida e pode levar a contestações de condenações determinadas por Moro. O ministro e os procuradores não reconhecem a autenticidade das mensagens. No entanto, negam qualquer irregularidade nelas.