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Marinha diz que ainda não dá para prever o fim das manchas de óleo 

Pelo desconhecimento da origem do incidente, não se pode determinar por quanto tempo ainda persistirão as ocorrências, afirma em boletim 

Brasil|Ana Vinhas, do R7

Funcionários e voluntários retiram óleo da praia dos Carneiros, em Pernambuco
Funcionários e voluntários retiram óleo da praia dos Carneiros, em Pernambuco

A Marinha do Brasil (MB) afirmou no boletim divulgado neste domingo (20) que, apesar dos esforços, não há controle ainda sobre as manchas de óleo que atingiram o litoral do Nordeste desde 2 de setembro. Neste domingo, os resíduos apareceram na região de Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco.

"Pelo desconhecimento da origem do incidente, não se pode determinar por quanto tempo ainda persistirão as ocorrências de manchas no litoral do Nordeste, apesar de todo o esforço desenvolvido nesse sentido. Por isso, é fundamental que as equipes mobilizadas permaneçam alertas, para a pronta atuação", afirma o boletim da Marinha, que atua com ações de monitoramento e redução de danos. 

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Voluntários, agentes do IBama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e da prefeitura do Cabo de Santo Agostinho recolheram neste domingo óleo na praia de Suape, local em que pescadores constataram o desastre ainda de madrugada. Pelo menos até as primeiras horas da manhã mais de 100 sacos de 50 litros foram recolhidos da praia, e alguns trechos de mangue também foram atingidos.

Do Maranhão à Bahia


O derrame de petróleo, cuja causa é desconhecida, tem atingido praias do Nordeste desde o início de setembro e já afeta 194 pontos, do Maranhão à Bahia, além de 15 unidades de preservação.

O vazamento é considerado pela Marinha inédito na história do país, pela extensão geográfica da incidência e pela duração no tempo. Cerca de 2.250 km de extensão da costa foi atingida. O óleo cru, que já se sabe que não é produzido ou processado no Brasil, causa grande impacto na biodiversidade e traz prejuízos socioeconômicos às localidades atingidas.


O MPF (Ministério Público Federal) ajuizou ação contra a União, requerendo que a Justiça Federal obrigue o governo a acionar em 24 horas o Plano Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo em Águas sob Jurisdição Nacional (PNC). Em caso de descumprimento, a multa diária será de R$ 1 milhão.

O governo federal afirma que está tomando todas as medidas para a identificação, o recolhimento e a destinação correta do óleo que atinge o litoral do nordeste brasileiro, além das investigações para descobrir a origem do vazamento. E que as ações do PNC e do Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA) estão em pleno funcionamento.

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