'Milionários do PT' choram e prometem ficar no emprego
Um dia após sorteio da Mega-Sena dar R$ 120 milhões a cerca de 50 funcionários do partido em Brasília, dia foi de emoção e planos
Brasil|Marcos Rogério Lopes, do R7
Basta um grupo começar a fazer planos com o prêmio de uma loteria, que alguém vai dizer: "Eu largo o serviço na hora". O clichê inevitável parece estar sendo questionado pelo gabinete da liderança do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados. Na quarta-feira (18), cerca de 50 funcionários descobriram que dividiriam o prêmio de R$ 120 milhões da Mega-Sena. Nesta quinta-feira (19), todos foram trabalhar... normalmente, não, afinal choraram, se abraçaram e fizeram promessas.
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Entre os cerca de 50 novos ricos, há faxineira, motorista, seguranças e copeiros. Dois jornalistas também estão no grupo, e não há políticos. O rateio dividiu a aposta premiada em 49 cotas (aproximadamente R$ 2,5 milhões para cada), uma delas foi comprada por duas pessoas, e outra, por três; há também a informação de que pelo menos dois apostadores ficaram com mais de uma parte e vão, portanto, ganhar o dobro do que os demais.
Um dos casos que mais emocionou os funcionários nesta quinta foi o de uma servidora humilde que mora de aluguel em uma cidade satélite de Brasília e demora horas todo dia para chegar no Congresso. Talvez por não ter noção do volume que vai receber, fazia planos para comprar uma casinha numa outra região também humilde, longe do plano piloto, onde ficam os prédios do poder em Brasília.
Quatro copeiras que trabalham nas salas da liderança da legenda também vão receber parte do rateio, decidiram os ganhadores. Elas contribuíram em bolões anteriores, mas ficaram fora desse último.
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O prêmio dos petistas é o terceiro maior prêmio acumulado neste ano e um dos 20 maiores da história. O maior foi sorteado em maio, para um sortudo que apostou pela internet e levou R$ 289 milhões.
Os contemplados são na maioria naturais de Brasília e falaram aos amigos de gabinete que querem continuar trabalhando. Em outras palavras, pelo menos nos próximos dias, não há vaga de emprego sobrando na liderança do PT na Câmara.