O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, afirmou no início da noite desta quarta-feira, em uma publicação no Twitter, que anulou o edital que permitia a entrega de livros didáticos com erros, a partir de 2020. De acordo com Vélez, a decisão foi tomada devido aos "erros que foram detectados no documento cuja produção foi realizada pela gestão anterior do MEC [Ministério da Educação]". Em nota enviada ao R7, o Ministério da Educação reforça a declaração feita pelo ministro no microblog e destaca que a proposta foi "enviada ao FNDE [Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação] em 28 de dezembro de 2018". "O MEC reitera o compromisso com a educação de forma igualitária para toda a população brasileira e desmente qualquer informação de que o governo Bolsonaro ou o ministro Ricardo Vélez decidiram retirar trechos que tratavam sobre correção de erros nas publicações, violência contra a mulher, publicidade e quilombolas de forma proposital", afirma o comunicado. As informações sobre o edital foram reveladas pela colunista Renata Cafardo, do jornal O Estado de S. Paulo, que apontou para a exclusão da necessidade das referências bibliográficas nos materiais didáticos. De acordo com a publicação, a não exigência das referências abre espaço para conteúdo que não seja baseado em pesquisas.