Pacheco questiona o Executivo sobre a reforma administrativa
Presidente do Senado afirma que há 'compromisso absoluto do Legislativo', mas diz estar preocupado com esvaziamento do texto
Brasil|Do R7
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), questionou nesta segunda-feira (31) o compromisso do Executivo federal com a reforma administrativa, em tramitação no Congresso. Pacheco disse que "há compromisso absoluto" do Legislativo com o andamento da proposta, porém demonstrou preocupação com a possibilidade de esvaziamento do texto.
"Há o compromisso do Poder Executivo com a reforma rdministrativa? Esse é um questionamento que precisamos fazer e ter clareza nessa discussão junto à Casa Civil, à Secretaria de Governo e à própria Presidência da República: se há vontade de fazer uma reforma administrativa em um ano pré-eleitoral ou não" afirmou.
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"Para que não tenhamos uma concentração de energia que será esvaziada em razão de uma iniciativa do governo para não votar. Quero crer que isso não acontecerá, mas é um diálogo que precisamos ter com o governo federal", destacou Pacheco.
Na avaliação do presidente do Senado, "há um ambiente, pelo menos no Congresso, muito favorável" ao reconhecimento da necessidade de "diminuir o tamanho do Estado brasileiro" e "não demonizar os funcionários públicos". Durante sua fala, o senador disse manter a previsão de aprovação da reforma administrativa e tributária ainda neste ano.
Críticas à gestão
Pacheco também fez críticas sobre o planejamento e gestão do Estado brasileiro, dessa vez sem citar o Executivo federal. "Vamos ter um problema ao crescermos o Brasil com uma grande reforma tributária, com uma importante reforma administrativa, com os marcos legais, ao nos deparamos com uma matriz energética insuficiente para abarcarmos a evolução da indústria, por exemplo", afirmou.
Segundo o presidente do Senado, houve "quase uma súplica" para que haja o crescimento do país porque não há capacidade de fornecer energia elétrica suficiente para sustentar este crescimento. "Isso não é responsabilidade exclusiva do Congresso Nacional. Isso é planejamento, previsibilidade. Isso é gestão", afirmou Pacheco.