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Pesquisadores encontram óleo em mariscos e peixes no Nordeste

Ministério da Agricultura garante que os pescados encontrados na área afetada pelo vazamento na costa do Nordeste não apresentam risco 

Brasil|Do R7

Mergulhadores contêm mancha de óleo no mar
Mergulhadores contêm mancha de óleo no mar

Pesquisadores apontam que o petróleo também foi encontrado no organismo de animais diversos, como mariscos e peixes na área afestada pelo vazamento no Nordeste. Eles também ressaltam que o impacto ambiental do óleo pode persistir por décadas. Na Praia do Janga, em Paulista (PE), a reportagem chegou a encontrar algumas dezenas de peixes mortos junto a uma grande mancha em outubro. O material já foi encontrado em regiões de corais.

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Apesar disso, o Ministério da Agricultura garante que os pescados encontrados na área do óleo não apresentam risco à saúde. Na terça-feira (19), o ministério informou que novos resultados de amostras de pescado capturado na costa do Nordeste afetada pelas manchas de óleo “revelam níveis baixos de Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPA) – indicadores para, entre outros, contaminação por derivados de petróleo”.

O número de praias, rios, ilhas e mangues atingidos por óleo continua aumentando e chegou a 724, segundo balanço divulgado nesta sexta-feira (22) pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Ao todo, ao menos 120 municípios de todos os nove estados do Nordeste e do Espírito Santo foram afetados por fragmentos ou manchas de petróleo cru desde 30 de agosto.


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O balanço também indica que 23 localidades ainda estão com manchas de óleo, outras 428 têm fragmentos da substância e 273 são consideradas "limpas". Os pontos com mais de 10% de contaminação estão exclusivamente em Alagoas (2), na Bahia (15), no Rio Grande do Norte (1), em Pernambuco (2) e no Sergipe (3).

Entre os locais ainda com óleo, 37 ficam na Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais, maior unidade de conservação federal marinha costeira do Brasil, com cerca de 120 quilômetros de praias e mangues em Pernambuco e Alagoas.


Por unidade federativa, as 451 localidades ainda oleadas se distribuem da seguinte forma: Bahia (202), Sergipe (73), Alagoas (44), Pernambuco (18), Rio Grande do Norte (15), Espírito Santo (70), Ceará (8), Maranhão (9), Paraíba (1) e Piauí (11).

Em relação à fauna, ao menos 141 animais oleados foram identificados pelo Ibama. Os dados se referem especialmente a tartarugas marinhas (96) e aves (31). Nas redes sociais, a Fundação Mamíferos Aquáticos chegou a compartilhar imagens da recuperação de uma ave oleada encontrada em Maragogi (AL).


Histórico

A primeira mancha de óleo foi oficialmente identificada em 30 de agosto, no município de Conde, na Paraíba. Quatro dias depois, o material foi encontrado no segundo estado, Pernambuco, na Ilha de Itamaracá. Em 1º de outubro, a Bahia foi o nono e último estado do Nordeste a receber óleo, com a primeira mancha identificada na Mata de São João. Por fim, fragmentos são encontrados no Espírito Santo desde 7 de novembro.

Ao todo, foram retiradas mais de 4,5 mil toneladas de petróleo e itens contaminadas com o óleo, tais como baldes e equipamentos de proteção.

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