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PF faz buscas em endereços ligados a Gilberto Kassab em São Paulo

Autoridades cumprem oito mandados para vistoriar e apreender documentos e bens, sendo seis em São Paulo e dois no Rio Grande do Norte

Brasil|Giuliana Saringer, do R7, e Vania Souza, da Agência Record*

Mandados foram expedidos pelo STF
Mandados foram expedidos pelo STF Mandados foram expedidos pelo STF

A PF (Polícia Federal) faz buscas em endereços ligados ao ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, na manhã desta quarta-feira (18).

As autoridades cumprem oito mandados de busca e apreensão, seis em São Paulo e dois no Rio Grande do Norte — todos expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). 

Os alvos, segundo a PGR (Procuradoria-Geral da República), são quatro pessoas físicas e três empresas. Além de Kassab, são cumpridos mandados relacionados ao governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria.

A operação decorre do acordo de colaboração dos executivos do grupo J&F, Wesley Batista e Ricardo Saud.

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Em nota, a defesa de Kassab diz confiar na Justiça, afirma que o ministro "está sempre à disposição para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários" e que todos os seus atos "foram pautados pelo interesse público" (leia a nota na íntegra abaixo).

De acordo com Raquel Dodge, procuradora-geral da República, os colaboradores informaram um repasse de R$ 58 milhões ao atual ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab em duas situações distintas.

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Na primeira, entre 2010 e 2016, quando Kassab teria recebido R$ 350 mil por mês, totalizando R$ 30 milhões. Segundo a PGR, em troca, o ministro usaria sua influência “em eventual demanda futura de interesse do referido grupo”. Para mascarar os repasses, os colaboradores firmavam contratos fictícios de presatação de serviços com uma empresa de logística, com estreita relação comercial com a J&F.

A segunda etapa da propina, de acordo com a PGR, totalizou R$ 28 milhões, em um repasse ao diretório Nacional do PSD, então, presidido por Kassab. Em troca, o partido teria apoiado o PT (Partido dos Trabalhadores) na disputa nacional de 2014, de acordo com a colaboração premiada dos executivos da J&F.

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Kassab foi indicado para comandar a Casa Civil na gestão de João Doria no governo de São Paulo.

A PF investiga os crimes de corrupção passiva e falsidade ideológica eleitoral por parte do ex-prefeito de São Paulo e do governador do Rio Grande do Norte.

R7 entrou em contato, por telefone, com a assessoria do governo do Rio Grande do Norte, mas não conseguiu contato. 

Leia a nota oficial da defesa de Kassab:

"O ministro confia na Justiça brasileira, no Ministério Público e na imprensa, sabe que as pessoas que estão na vida pública estão corretamente sujeitas à especial atenção do Judiciário, reforça que está sempre à disposição para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários, ressalta que todos os seus atos seguiram a legislação e foram pautados pelo interesse público".

*Com informações de Estadão Conteúdo e da Agência Brasil

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