Sara Winter entra com pedido de liberdade no STF
Habeas corpus impetrado pelo advogado Paulo Goyaz Alves da Silva está nas mãos da ministra Cármen Lúcia
Brasil|Do R7
A ativista Sara Winter, líder do movimento "300 do Brasil", entrou nesta segunda-feira (15) com um pedido de habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal) horas após ser presa pela PF (Polícia Federal). Na solicitação, a defesa da ativista alega que ela apenas tem feito uso de sua liberdade de expressão.
"O Paciente tem feito o uso do seu direito inalienável de expressão, faz uso frequente das redes sociais para manifestar suas opiniões, sem medo de represálias e de censuras", escreveu o advogado Paulo Goyaz Alves da Silva no pedido que está nas mãos da ministra Cármen Lúcia, que será relatora da ação na Suprema Corte.
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Na avaliação de Goyaz, as manifestações de Sara vão contra as conduta políticas de alguns ministros do STF. "Alguns membros julgam pela mídia, para não dizer para a mídia", afirma ele.
Sara e mais cinco integrante do grupo foram detidos por determinação do ministro Alexandre de Moraes, que atendeu a um a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República). A prisão visa investigar se há patrocinadores ao grupo.
Durante a tarde, cerca de 13 manifestantes foi à Superintendência da PF no Distrito Federal carregando faixas de apoio ao grupo e pedindo a liberdade de Sara. No ato, eles chegaram a soltar fogos de artifício em direção à sede.
Em depoimento à PF, Sara negou que o "300 do Brasil" receba dinheiro do governo em troca de apoio, mas ficou em silêncio ao ser questionada sobre quais os objetivos do grupo que lidera e sobre os ataques que fez em vídeo contra o ministro Alexandre de Moraes.