Supremo autoriza acesso ao vídeo da reunião citada por Moro
Na decisão, Celso de Mello determina que tanto o ex-ministro Sergio Moro quanto a PGR e a AGU poderão assistir ao vídeo uma única vez
Brasil|Do R7
O ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu neste sábado (9) autorizar o acesso às partes envolvidas ao conteúdo do vídeo da reunião ministerial citada pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro em depoimento à PF (Polícia Federal).
Na decisão mais recente sobre o caso, Celso de Mello determina que tanto Sergio Moro e os advogados dele quanto a PGR e a AGU poderão assistir ao vídeo uma única vez. A autorização se estende à delegada Christiane Corrêa Machado, que comanda as investigações da PF, e que também poderá acessar o registro da reunião.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, havia enviado mais cedo um pedido para que o Supremo desse acesso à íntegra da gravação da reunião entre o presidente Jair Bolsonaro, o vice-presidente Hamilton Mourão, ministros e presidentes de bancos públicos realizada no dia 22 de abril, no Palácio do Planalto.
Moro alega que, na ocasião, teria sido ameaçado pelo presidente Jair Bolsonaro. Ainda de acordo com Moro, o presidente teria dito no encontro que iria "interferir em todos os ministérios" e que iria demiti-lo caso não concordasse com a troca no comando da Polícia Federal.
O ex-ministro Moro alega ainda que no vídeo, agora em posse de Celso de Mello, há o registro de um desentendimento entre os ministros da Economia, Paulo Guedes, e do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.