"Teto de gastos é nossa âncora fiscal", diz Hamilton Mourão
O vice-presidente Hamilton Mourão ainda disse que a situação fiscal do país "é péssima" e comentou "debandada" no Ministério da Economia
Brasil|Daniel Trevor, da Record TV
O vice-presidente Hamilton Mourão disse na manhã desta quarta-feira (12) que o "teto de gastos é nossa ancora fiscal". O assunto ficou em evidência depois que o ministro da Economia, Paulo Guedes apontou numa entrevista na terça-feira (11) os riscos para a credibilidade do país caso as regras do teto de gasto sejam rompidas. Mourão falou do tema nesta quarta-feira.
-Não é um assunto que tenha que ser discutido da forma que vem sendo colocado. É algo que tem que ser analisado pelas pessoas que conduzem a política fiscal do país. Nós temos uma situação fiscal péssima.
Segundo Mourão, os ministros tendem a sofrer com as imposições orçamentárias.
- O que existe é que o ministro fica angustiado porque ele quer mostrar serviço. Ele tá limitado pelas amarras do orçamento. Os ministros que querem avançar no aumento de gastos, tem que sentar no conselho de governo apresentar suas metas e isso ser votado e discutido com todos e o presidente decide.
O vice-presidente também falou sobre a saída de dois dos principais assessores do ministro Guedes, que reconheceu em entrevista haver uma "debandada" no ministério da Economia:
- O Salim Matar (ex-secretário especial de Desestatização) e o Paulo Uebel (ex-secretário de Desburocratização, Gestão e Governo Digital) são dois caras da iniciativa privada. Dois caras excepcionais. E trabalhar na iniciativa pública não é simples. O cipoal burocrático da administração pública é enervante, por isso quem quer vir pra cá tem que ter clareza no que quer fazer, muita determinação e bota paciência nisso aí. Às vezes, as pessoas se exasperam por não ver que estão atingindo os objetivos que propuseram.