Acompanhe o JR Entrevista com o diretor-geral da Antaq, Eduardo Nery Machado Filho
Entrevistado fala sobre as vantagens econômicas e ambientais e os projetos do governo para as hidrovias brasileiras
Brasília|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília
O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Eduardo Nery Machado Filho, conversou com Guilherme Portanova no JR Entrevista sobre os planos do governo federal para desenvolver a infraestrutura do Brasil. Uma etapa "indispensável" do processo é a consolidação de um sistema hidroviário eficiente e integrado com os modais rodoviário e ferroviário principalmente para o transporte de cargas, garante.
![Vista aérea do Rio Madeira em Porto Velho (RO)](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/NOUXOJOL4NIPHD4UCZL7C5YGBU.jpg?auth=f4e1c8f0490bc9d20cdbc08cc0b39eed35d62f659271c1d269bd303b77b9aee7&width=1500&height=1007)
O governo federal vai autorizar a construção de cinco hidrovias ainda em abril. O Brasil utiliza cerca de 19 mil km de rios para transporte de carga e passageiros. A quantia representa 30,9% da malha que o país tem disponível para os serviços.
Entre os projetos em andamento, está a Hidrovia do Tietê-Paraná, que está em fase de derrocamento — retirada de rochas e outros materiais duros que podem atrapalhar a navegação. "A contratação já foi assinada e os serviços começam em breve", contou.
Leia também
Outro projeto anunciado por Machado Filho é a Hidrovia Brasil-Uruguai, no Rio Grande do Sul. O trajeto começará no Uruguai, se conectará com a Lagoa Mirim, e vai até a Lagoa dos Patos.
A vantagem das hidrovias, de acordo com o entrevistado, é que além de menos poluentes, elas têm capacidade de transporte de cargas por veículo muito superior a caminhões ou trens. Sem investir no modal, "o país está deixando de utilizar um meio que é ambientalmente mais vantajoso e economicamente mais atrativo", garantiu.